O fato: Um incidente militar na Inglaterra nos anos 80 envolvendo uma aeronave não identificada. Ele nos remete a uma ilha lendária prédiluviana na costa da Irlanda, cujo nome tem a mesma raiz celta antiga que originou a palavra Brasil.
O local: Floresta Rendlesham, Condado de Suffolk, Inglaterra, 280 milhas a nordeste de Londres.
A história: Durante a Guerra Fria, mais de 2 mil oficiais americanos e homens alistados foram lotados em duas bases da RAF – Royal Air Force, nas margens norte e sul da floresta: RAF Bentwaters e RAF Woodbridge.
Pouco depois da meia-noite de 26 de dezembro de 1980, radares militares detectaram um objeto voador não identificado, e houve relatos de civis sobre estranhas luzes piscando no céu. Dentro de minutos, policiais militares, incluindo o sargento James Pennistone, e o aviador John Burroughs, foram enviados à floresta para investigar.
O que eles encontraram foi algo que a experiência militar deles nunca tinha visto antes: ”Com a luz se dissipando, eu comecei a ver a silhueta de uma nave triangular. Era totalmente preta, com exceção dos pontos de luzes azuis, laranja e amarelo passando por ela. Havia luzes azuis e algo como uma lança laranja por cima. Uma luz branca saía por baixo dela, e uma neblina alaranjada". Em seu relatório, o sargento Penniston descreveu estranhas dimensões da nave, com cerca de 2 metros de altura, com lados de 3 metros. Também observou marcas incomuns, símbolos semelhantes aos hieróglifos egípcios. “Eu estava esperando encontrar, eu não sei, USAF (Força Aérea dos EUA), ou algo assim, mas eram hieróglifos, pictogramas, e não faziam nenhum sentido, então eu passei a mão sobre o lado da nave, e era muito quente ao toque”.
John Burroughs e James Pennistone |
Ao tocar a nave o militar com 26 anos de serviço afirmou ter recebido uma visão estranha e poderosa, “Era uma sequência de números zeros e uns, e simplesmente não fazia sentido. Tirei minhas mãos e... parou. E então, houve um flash de luz brilhante. e nesse momento, o que quer que fosse, subiu e partiu em direção ao litoral e não tivemos mais contato”.
Penniston e Burroughs receberam ordens do vice-comandante da base para tratar o suposto avistamento como se nunca tivesse acontecido. Ainda assim, após três décadas, James Penniston continua assombrado por sua estranha visão, tanto, que se sentiu compelido a manter uma anotação da mesma, um registro que manteve trancado por quase 30 anos: “É como se alguém estivesse segurando uma foto, desses zeros e uns e... eu podia vê-los em minha mente. Então eu os registrei. o que eles significam? Eu não sei.”
Por quase 30 anos após seu encontro com a suposta aeronave não identificada, os aviadores militares já reformados Penniston James e John Burroughs raramente falam um com o outro sobre o incidente. No entanto, os dois homens permaneceram assombrados por sua experiência: “Eu quero saber o que era. Eu penso que há pessoas lá fora, e nosso governo tem que ter uma idéia melhor, e poderiam nos dizer o que se passou, o que aconteceu conosco, mas eu não sei como dizer ao certo o que era e de onde veio”.
“Há certos incidentes que aconteceram lá, que eu não me lembro... Ed disse que se lembra de mim puxando a arma, e depois todos nós apagamos. E eu não me lembro disso”.
Ilustração da Nave na Floresta Rendlesham |
“Há certos incidentes que aconteceram lá, que eu não me lembro... Ed disse que se lembra de mim puxando a arma, e depois todos nós apagamos. E eu não me lembro disso”.
Pouco depois de seu encontro relatado, James Penniston sentiu-se compelido a escrever a longa e complexa sequência numérica de zeros e uns, que alegou ter visto quando ele tocou o objeto, mas eram apenas números realmente aleatórios? Eu estava ficando com isso, não na memória, mas numa imagem mental desses códigos, um tipo de código binário. Então, eu tentei reprimir, mas tinha esse desejo de por para fora. Agora sabemos que a melhor maneira de se comunicar com uma civilização antiga é o código binário. Se nós sabemos isso, então, obviamente, alguém mais no universo vai saber também. E quando sabemos que os nossos antepassados, por conta própria ou com alguma ajuda de estranhos, sabiam isso, então percebemos que realmente o código binário é o melhor, se não o único meio, de comunicação alienígena.
Por três décadas, Penniston manteve a misteriosa seqüência numérica oculta entre as capas do caderno da Força Aérea. Lá ela permaneceu... sem ser examinada e indecifrável, “Eu estava morrendo de medo. Ficava sentado lá pensando: tudo bem, há algo errado com você, Jim. Você não está bem. você não está pensando direito, e este material é tão bizarro que você não pode dizer isso a ninguém. Eles vão retirar sua arma, eles vão te expulsar. Todas aquelas coisas eram perigosas. Isso é o que eu estava pensando naquele momento, que se contasse a alguém o que eu estava pensando, seria o meu fim”. Depois de finalmente deixar a Força Aérea e voltar para os Estados Unidos, Penniston notou que estava sendo assombrado por sonhos persistentes, tanto sobre sua experiência na floresta, como do significado da misteriosa mensagem numérica que recebeu: “O que eles significam? Eu não sei. eu nunca os tinha analisado ou coisa parecida. Quero dizer, estávamos lá fazendo nosso trabalho com uma situação que nunca tínhamos tratado antes”
Código binário anotado 1 de 5 págs. |
Quanto às coordenadas de navegação, incrivelmente, elas apontam para a localização geográfica de uma lendária e misteriosa ilha submersa, conhecida nas lendas celtas como “Hy Brasil”, que já foi dita ser o lar de uma civilização milhares de anos à frente de seu tempo. Ela também é ocasionalmente chamade de "A Outra Atlântida”. Acredita-se que Hy Brasil era uma terra misteriosa, e as pessoas que viviam ali tinham um alto grau de civilização. Eles usaram tecnologia de som e tecnologia de cura vibracional e eram muito éticos, pessoas altamente morais, e consideravam todos na Europa como bárbaros, na época, e não queriam se misturar com eles. Eles desfrutaram o isolamento e a solidão.
A estranha mensagem binária do caderno de Penniston lista com precisão de GPS as coordenadas da lendária ilha Hy Brasil: 52º Norte 09’ 42,5” e 13º Oeste 13’ 12,7, no meio do Oceano Atlântico, perto da costa da Irlanda. Qual o significado disso?
Mapa Pizigani - Ilhas S. Brandão, Mayda, Brasil, Daculi |
Em dezembro de 2010 James Penniston encontrou-se com John Burroughs, e traçaram planos de retornarem à Floresta Rendlesham, no exato local onde eles afirmam ter encontrado a nave misteriosa décadas antes, “Nós estamos compelidos a voltar. Estar nessa área nos fará recordar tudo que aconteceu em dezembro de 1980. Eu não posso explicar isso, como eu não poderia explicá-lo pela primeira vez, mas eu acho que nós vamos ter uma compreensão melhor do que precisamos fazer a partir daí. Pode haver mais? Sim, pode haver mais, se Penniston e Burroughs retornarem à floresta inglesa, onde eles afirmam ter tido um “contato imediato”. O que eles irão encontrar lá? Mais pistas? Ainda mais mensagens? E o misterioso código binário encontrado no caderno de Penniston? A frase "Exploração da humanidade continua para o avanço planetário" e as estranhas coordenadas geográficas, que apontam para uma ilha perdida, realmente nos levam a que?
A ilha: você pergunta “Se a ilha Hy Brasil não existe hoje, como se afirma que essas coordenadas estão corretas e correspondem a ela?” A resposta nos remete às chamadas Ilhas Afortunadas registradas em vários mapas antigos medievais chamados Portulanos, entre os quais se inserem os famosos mapas do navegador turco Piri Reis que registravam inclusive os restos finais da Ilha de Poseidon, último reduto da mítica Atlântida registrada historicamente por Platão e Fídias no livro “Timeu” (nome do sábio egípcio).
As lendárias Ilhas Afortunadas ficaram também ligadas à lenda das viagens de São Brandão, o monge irlandês que as teria visitado e nelas teria encontrado o Jardim do Éden. Através desta lenda, as Ilhas Afortunadas ficaram associadas ao conjunto mais abrangente das ilhas míticas do Atlântico (Sete Cidades, Antília e ilha do Brasil entre outras).
Diz uma lenda popular que, após Helena de Tróia ter se casado com Aquiles, eles viveram nas Ilhas Afortunadas.
A ilha mitológica Hy Brasil foi representada em muitos mapas do Oceano Atlântico de 1325 a 1865. A presença da "ilha Brasil" em mapas medievais já deu a muitos a impressão de que a terra e o nome do Brasil eram conhecidos desde o século XIV. Na verdade, a ilha legendária nada teve a ver com as terras da América. Alguns especularam que sua presença nos mapas e no imaginário dos navegadores influenciou, pela coincidência, a fixação do nome de "Brasil" à terra inicialmente chamada pelos portugueses de "Vera Cruz", mas não há provas disso.
O mapa de Fra Mauro de 1459 indica uma ilha de nome "Brazil" com a inscrição em italiano: "Queste isole de Hibernia son dite fortunate", ou seja, classifica-a como afortunada.
Fernando Pessoa, o poeta sensitivo e misterioso, usa as “Ilhas Afortunadas” como título de um de seus poemas que roça o Invisível com a sutileza delicada e necessária:
“Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutarmos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando
Cala a voz, e há só o mar”.