Quem é o escriba deste blog?
Arnaldo Preto, tem o Sol na casa 3, oposto a Urano, Lua, Marte e Saturno, tudo na casa 9. Só podia dar no que deu: praticou e embrenhou-se em Astrologia, Yoga, Quarto Caminho, Castaneda, Taoísmo, Tai Chi, Acupuntura, Surya Yoga, Xamanismo, Budismo, Sufismo, Escola dos Deuses, Ho’oponopono, Sun Gazing, Tecnologia Keshe, e por aí afora... no fundo, no fundo, tudo a mesma coisa: a busca para a resposta de quem sou eu? Melhor ainda: Que raios sou eu?
Por que eu?
Me lembro de quando era pequeno, olhava para as minhas mãos e meio estranhado com a forma perguntava: Por que 5 dedos? e não 6, ou 23?. E continuava catracando... e se eu tiver um filho ele vai ter cinco dedos também... Era um mistério. Havia uma ordem invisível por trás de tudo. Porque as coisas não se desorganizavam?..
Daí a perguntar sobre tudo e escalar a vida buscando respostas, foi só uma questão de deixar o tempo passar. Os professores não aguentavam. Só pergunta... Aos 18 li O Despertar dos Mágicos a peça-chave graças à Dona Margarida, professora de História e de vida...um ser raro que apareceu na escola pública, pasmem! Foi a conta. O achado me pôs na trilha dos enfants terribles do stablishment intelectual da época, adeptos do realismo fantástico: Charles Hoy Fort, Flammarion, René Guénon, Gurdjieff e outros tantos. Estudava Astrologia, Ovnis, Yoga e não tinha com quem conversar, a não ser meu velho pai, português e advogado, que além de sério, austero e sizudo, tocava pandeiro em serenata e lia de 4 a 5 horas todo dia sobre tudo, inclusive Lobsang Rampa. Quando aos 19, estudando um livro de Caio Miranda, tive uma experiência de sair do corpo respirando à noite na Yoga e voar na Rua das Bandeiras em Santo André - um susto e um encanto - foi meu pai quem me deu as primeiras dicas... Bom homem o Dotô Manoel.
Então, como todos nós, caí na armadilha da sedução do mundo, aparência, educação formal, profissão, competição, sucessos, fracassos, casa, carro, família, filhos, gato, e vamos nessa...
Administrador pela FGV, nas festinhas da época tinha que explicar para as moças (as minas da época) o que era isso, pois naquele então só existia médico, advogado e engenheiro. Literalmente.
Executivo de grandes empresas, escrevi 2 livros sobre Varejo e Mercados, mas queria mesmo é ter escrito Cem Anos de Solidão... Êh Gabriel Garcia Marques danadibom!
Dei aulas, mas o que mais gostei na vida foi, aos 17, ter ido de Santo André a Cananéia, via Praia Grande - nem existia a rodovia Pedro Taques - pedalando 14 horas por dia em 3 dias, numa bicicleta de uma marcha só, com o Piero, velho amigo, quase irmão... Trouxemos, mais o Tidinho, de lá para a USP, ossos de sambaquis de 2000 anos atrás. A gente era um rascunho de Indiana Jones tupiniquim, e eu navegava na Casa 3 do meu mapa astrológico... um viajante. Logo depois levei com o Murruga uma camionete para Recife – não existiam os caminhões-cegonheiros - e ancorei em Salvador, apaixonado por Pião, beleza tropical, quase miss Bahia. Norma, tia dela e do Hamilton, desbocada que só ela, comadre e personagem de Jorge Amado no livro Dona Flor e Seus Dois Maridos, me apresentou ao próprio, e mais Dona Zélia, mais Paloma, Mario Cravo, Jenner... a cultura da Bahia, the true. Turma danada de boa. Achei que ficaria por lá para sempre...
A Grande Viagem, porém, era outra. Ia começar na Casa 9. Para dentro de mim.
Comecei então a me voltar para o meu interior e tomar contato com o metafísico em mim, mas ainda muito preso à mente. Irriquieto, fiz Acupuntura em 62 com o velhinho Takara num sítio lá em Ribeirão Pires, estudei Homeopatia, Alan Kardek, enxertar roseiras com meu avô florista, conheci o candomblé da Bahia, Budismo, e num desses momentos de idiotice quase caí na clandestinidade com o Maneco na ditadura. E tome Macrobiótica, Zanata, Kikuchi, Tai Chi com o Mestre Wong – o Pai Lin nem tinha chegado ainda - aulas de Do-In e Shiatsu com o velho e ereto Zenzo Yamamoto, jejum de 21 dias com direito a visões, ante-visões e sonhos...um louco de pedra. Inquietude danada...
Em 71 o Zé Rodolpho me levou para um grupo do Gurdjieff onde dediquei 31 anos ao eixo do ensinamento do Quarto Caminho e, de quebra, sobre os desvios pessoais que distorcem a espiritualidade e fortalecem nosso ego por meio de técnicas espirituais, como dizia Chogyam Trungpa. Luz e sombra. Um atrito criador. Pauleira pura.
Em 2003 fui fazer 7 pontes de safena no dia do meu aniversário. Nessa altura já tinha agregado o Tantrismo Taoista, sexo sem ejaculação, e em 2004 tomei contato com a Tradição Tolteca Mexicana via Carlos Castaneda, Florinda, Taisha, mais o índio Armando Torres, e depois o amigo brasicano Juan Yoliliztli. Fui fundo. Coisa linda. Até auxiliei a editora de Castaneda no Brasil a corrigir os erros conceituais da tradução da obra dele, ajudando nas novas edições a amiga Patrícia, também bruxa taoista e instrutora do ensinamento de Mantak Chia. Outra louquinha de pedra.
Em 2007 tentei trazer A Escola dos Deuses para o Brasil, e o finado Michel, insider do assunto e financiador do livro de mesmo nome, me deixou em dúvida sobre se o Dreamer existe e é italiano. Nem importa. Valeu conhecer o Stefano D’Anna, as verdades eternas do livro, e o esforço todo.
Em 2008 reencontrei espiritualmente o Rodrigais, velho amigo, figurinha carimbada, uma enciclopédia preciosa do mágico, do Espírito, e de poemas, Noel Rosa, assuntos biomédicos, e tocador de atabaque, orientando 13 aprendizes de xamã e videntes, e agora mais um auxiliar de cavalariço que sou eu, igual ao do filme O Exército de Brancaleone.
Desse caleidoscópio geminiano foi decantando a certeza de estar no meu caminho certo: diversificado e sem foco rígido, mas certo. A verdade está em muitos caminhos. Quem tem a casa 9 em Gêmeos, cheia de planetas, não dá outra...
O melhor porém ainda está por vir. Estou pressentindo. É sempre assim na vida. Eu nunca me suicidaria, só por curiosidade de ver como iria ser o dia seguinte.
O chute inicial que gerou a vontade de fazer este blog foi um miracolo que me acometeu. Foi trazido na bandeja pela Mara Isa, amiga do peito, vidente e bruxa do Tantra. Chama-se Surya Yoga ou Sungazing, ou Olhar para o Sol, e é a cereja do bolo venturoso e gratificante que foi a minha vida até aqui. Vamos falar muito disso. Magia linda. Do mais alto quilate. Digna do Yogananda, do Dreamer, do Don Juan, e aliás citada pelo velho bruxo na obra do Castaneda. Daqui em diante, quando perguntarem o que eu faço na vida, eu muito metido, parodiando o Gurdjieff, vou dizer: - Eu trabalho com energia solar. E trabalho mesmo. O indiano Hira Ratan Manek explica tudo no seu blog. Ou eu explico antes, para quem ler este blog..
E então, por que eu?
Porque sinto que nesta altura do campeonato, sem ser nenhum mestre ou iluminado, já sou um buscador – quase achador - suficientemente sambado, sério, muita milhagem percorrida, e agora sinto que posso dividir com quem está nessa busca do Si Mesmo. É preciso fazer a minha parte. Chega só de "vem a nós". E então estou começando a compartilhar com os amigos do peito e jornada, sejam estudantes, essa moçada jovem e esperta, sejam executivos, donas de casa, aposentados, internautas antenados no Espírito... enfim, o outro, o meu próximo, como dizem as Escrituras. Devagarzinho. Sem pressa. Com um pouco de soltura e humor. E vamos juntos nessa barca...O Invisível me deu autorização. Sub judice. (rsrs)
Me lembro de quando era pequeno, olhava para as minhas mãos e meio estranhado com a forma perguntava: Por que 5 dedos? e não 6, ou 23?. E continuava catracando... e se eu tiver um filho ele vai ter cinco dedos também... Era um mistério. Havia uma ordem invisível por trás de tudo. Porque as coisas não se desorganizavam?..
Daí a perguntar sobre tudo e escalar a vida buscando respostas, foi só uma questão de deixar o tempo passar. Os professores não aguentavam. Só pergunta... Aos 18 li O Despertar dos Mágicos a peça-chave graças à Dona Margarida, professora de História e de vida...um ser raro que apareceu na escola pública, pasmem! Foi a conta. O achado me pôs na trilha dos enfants terribles do stablishment intelectual da época, adeptos do realismo fantástico: Charles Hoy Fort, Flammarion, René Guénon, Gurdjieff e outros tantos. Estudava Astrologia, Ovnis, Yoga e não tinha com quem conversar, a não ser meu velho pai, português e advogado, que além de sério, austero e sizudo, tocava pandeiro em serenata e lia de 4 a 5 horas todo dia sobre tudo, inclusive Lobsang Rampa. Quando aos 19, estudando um livro de Caio Miranda, tive uma experiência de sair do corpo respirando à noite na Yoga e voar na Rua das Bandeiras em Santo André - um susto e um encanto - foi meu pai quem me deu as primeiras dicas... Bom homem o Dotô Manoel.
Então, como todos nós, caí na armadilha da sedução do mundo, aparência, educação formal, profissão, competição, sucessos, fracassos, casa, carro, família, filhos, gato, e vamos nessa...
Administrador pela FGV, nas festinhas da época tinha que explicar para as moças (as minas da época) o que era isso, pois naquele então só existia médico, advogado e engenheiro. Literalmente.
Executivo de grandes empresas, escrevi 2 livros sobre Varejo e Mercados, mas queria mesmo é ter escrito Cem Anos de Solidão... Êh Gabriel Garcia Marques danadibom!
Dei aulas, mas o que mais gostei na vida foi, aos 17, ter ido de Santo André a Cananéia, via Praia Grande - nem existia a rodovia Pedro Taques - pedalando 14 horas por dia em 3 dias, numa bicicleta de uma marcha só, com o Piero, velho amigo, quase irmão... Trouxemos, mais o Tidinho, de lá para a USP, ossos de sambaquis de 2000 anos atrás. A gente era um rascunho de Indiana Jones tupiniquim, e eu navegava na Casa 3 do meu mapa astrológico... um viajante. Logo depois levei com o Murruga uma camionete para Recife – não existiam os caminhões-cegonheiros - e ancorei em Salvador, apaixonado por Pião, beleza tropical, quase miss Bahia. Norma, tia dela e do Hamilton, desbocada que só ela, comadre e personagem de Jorge Amado no livro Dona Flor e Seus Dois Maridos, me apresentou ao próprio, e mais Dona Zélia, mais Paloma, Mario Cravo, Jenner... a cultura da Bahia, the true. Turma danada de boa. Achei que ficaria por lá para sempre...
A Grande Viagem, porém, era outra. Ia começar na Casa 9. Para dentro de mim.
Comecei então a me voltar para o meu interior e tomar contato com o metafísico em mim, mas ainda muito preso à mente. Irriquieto, fiz Acupuntura em 62 com o velhinho Takara num sítio lá em Ribeirão Pires, estudei Homeopatia, Alan Kardek, enxertar roseiras com meu avô florista, conheci o candomblé da Bahia, Budismo, e num desses momentos de idiotice quase caí na clandestinidade com o Maneco na ditadura. E tome Macrobiótica, Zanata, Kikuchi, Tai Chi com o Mestre Wong – o Pai Lin nem tinha chegado ainda - aulas de Do-In e Shiatsu com o velho e ereto Zenzo Yamamoto, jejum de 21 dias com direito a visões, ante-visões e sonhos...um louco de pedra. Inquietude danada...
Em 71 o Zé Rodolpho me levou para um grupo do Gurdjieff onde dediquei 31 anos ao eixo do ensinamento do Quarto Caminho e, de quebra, sobre os desvios pessoais que distorcem a espiritualidade e fortalecem nosso ego por meio de técnicas espirituais, como dizia Chogyam Trungpa. Luz e sombra. Um atrito criador. Pauleira pura.
Em 2003 fui fazer 7 pontes de safena no dia do meu aniversário. Nessa altura já tinha agregado o Tantrismo Taoista, sexo sem ejaculação, e em 2004 tomei contato com a Tradição Tolteca Mexicana via Carlos Castaneda, Florinda, Taisha, mais o índio Armando Torres, e depois o amigo brasicano Juan Yoliliztli. Fui fundo. Coisa linda. Até auxiliei a editora de Castaneda no Brasil a corrigir os erros conceituais da tradução da obra dele, ajudando nas novas edições a amiga Patrícia, também bruxa taoista e instrutora do ensinamento de Mantak Chia. Outra louquinha de pedra.
Em 2007 tentei trazer A Escola dos Deuses para o Brasil, e o finado Michel, insider do assunto e financiador do livro de mesmo nome, me deixou em dúvida sobre se o Dreamer existe e é italiano. Nem importa. Valeu conhecer o Stefano D’Anna, as verdades eternas do livro, e o esforço todo.
Em 2008 reencontrei espiritualmente o Rodrigais, velho amigo, figurinha carimbada, uma enciclopédia preciosa do mágico, do Espírito, e de poemas, Noel Rosa, assuntos biomédicos, e tocador de atabaque, orientando 13 aprendizes de xamã e videntes, e agora mais um auxiliar de cavalariço que sou eu, igual ao do filme O Exército de Brancaleone.
Desse caleidoscópio geminiano foi decantando a certeza de estar no meu caminho certo: diversificado e sem foco rígido, mas certo. A verdade está em muitos caminhos. Quem tem a casa 9 em Gêmeos, cheia de planetas, não dá outra...
O melhor porém ainda está por vir. Estou pressentindo. É sempre assim na vida. Eu nunca me suicidaria, só por curiosidade de ver como iria ser o dia seguinte.
O chute inicial que gerou a vontade de fazer este blog foi um miracolo que me acometeu. Foi trazido na bandeja pela Mara Isa, amiga do peito, vidente e bruxa do Tantra. Chama-se Surya Yoga ou Sungazing, ou Olhar para o Sol, e é a cereja do bolo venturoso e gratificante que foi a minha vida até aqui. Vamos falar muito disso. Magia linda. Do mais alto quilate. Digna do Yogananda, do Dreamer, do Don Juan, e aliás citada pelo velho bruxo na obra do Castaneda. Daqui em diante, quando perguntarem o que eu faço na vida, eu muito metido, parodiando o Gurdjieff, vou dizer: - Eu trabalho com energia solar. E trabalho mesmo. O indiano Hira Ratan Manek explica tudo no seu blog. Ou eu explico antes, para quem ler este blog..
E então, por que eu?
Porque sinto que nesta altura do campeonato, sem ser nenhum mestre ou iluminado, já sou um buscador – quase achador - suficientemente sambado, sério, muita milhagem percorrida, e agora sinto que posso dividir com quem está nessa busca do Si Mesmo. É preciso fazer a minha parte. Chega só de "vem a nós". E então estou começando a compartilhar com os amigos do peito e jornada, sejam estudantes, essa moçada jovem e esperta, sejam executivos, donas de casa, aposentados, internautas antenados no Espírito... enfim, o outro, o meu próximo, como dizem as Escrituras. Devagarzinho. Sem pressa. Com um pouco de soltura e humor. E vamos juntos nessa barca...O Invisível me deu autorização. Sub judice. (rsrs)