Há alguns anos, caiu nas minhas mãos um livro incrível dado pelo Luiz, um campineiro manso e cordial, e velho amigo de um grupo de buscadores que freqüentei, aquele sorrisão afro-brasileirão, como diz o Jabor.
O livro é sobre a história real de um conhecido antropólogo americano atual, Hank Wesselman. Certo dia ele começou a sonhar que estava numa terra estranha, num corpo estranho compartilhado com um jovem indígena, cinco mil anos no futuro.
Era o seu próprio corpo e seu próprio país desfigurado num estranho e inesperado futuro, pós-desastre, e começou a viver duas vidas, uma em cada dimensão... um livro fascinante.
Li uma frase de um xamã, na introdução, que me fisgou. Dizia, “Quando o céu está decidido a confiar uma grande missão a um homem primeiro exercita a sua mente com o sofrimento, seus tendões e ossos com a labuta, depois o expõe à pobreza e frustra todas as suas iniciativas. É neste momento que se vê se ele está pronto”.
Caiu como uma porrada no peito e como uma luva. Eu vinha me perguntando “Quequié isso? Por que comigo?”
Hoje, aos poucos, muito aos pouquinhos, a coisa está ficando clara... e nessas e outras, eu percebo que o principal presente que eu recebo todo o tempo é eu acreditar no invisível, sem dogmas, sem estandartes, só uma certeza mansa de que há algo que eu vivo no invisível ao mesmo tempo em que ando na rua, pago as contas no banco ou escovo os dentes. Está além do físico, do sentir, da matéria bruta. Tem aí algo do Espírito, do Intento, como dizem os videntes do Antigo México que eu tanto aprecio.
Vamos falar muito disso neste blog no futuro: como é que eu posso pressentir e viver concretamente o Invisível durante o meu dia-a-dia normal, corriqueiro, e procurar evoluir... afinal é pra isso que estamos aqui, pô. E só é possível se a gente acreditar no invisível.
Uma beleza de possibilidade, meu compadre e minha comadre, uma beleza!
Então, essa é a definição do objetivo do blog: Acreditar no invisível. Ou A Missão, como se dizia nas grandes corporações onde eu trabalhei (cruis credo...)