Você pensava que não existia, não é? Mas está nascendo. No Brasil e no mundo. As antigas tradições dizem que a evolução humana só ocorre se for ao mesmo tempo desenvolvida em dois eixos do ser humano: o do Saber e o do Ser. O do Saber já estamos cansados de ver graças aos indevidamente incensados gregos antigos, pois foi esse o conhecimento unilateral que gerou a universidade ocidental que está aí: somente conhecimento intelectual, e muito pouco de Ser, experiência interior, conhecimento de si, do outro, de Gaia (este ser vivo que chamamos de Terra), do Cosmo. Muito pouca meditação, lembrança de si, compaixão, e estar no Agora.
A universidade que está aí não serve nem ao seu pai, o capitalismo: os fundadores e dirigentes das empresas expoentes mundiais do sucesso, da tecnologia e da informação, que são o Joi Ito do Media Lab, Steve Jobs da Apple, Bill Gates da Microsoft, Zuckerberg do Facebook, Jack Dorsey do Twitter, foram ou são o que normalmente classificamos de "vagabundos" que fugiram da universidade. E tem, ou tinham, um certo orgulho disso.
A universidade que está aí não serve nem ao seu pai, o capitalismo: os fundadores e dirigentes das empresas expoentes mundiais do sucesso, da tecnologia e da informação, que são o Joi Ito do Media Lab, Steve Jobs da Apple, Bill Gates da Microsoft, Zuckerberg do Facebook, Jack Dorsey do Twitter, foram ou são o que normalmente classificamos de "vagabundos" que fugiram da universidade. E tem, ou tinham, um certo orgulho disso.
O eixo do Ser também não freqüenta a universidade que está aí. Freqüenta, sim, mosteiros no oriente, grupos de busca interior nas grandes cidades, ashrams de gente como Aurobindo, Rajneesh e outros, e sobrevive em algumas poucas tradições autênticas. Somente nos últimos 50 a 60 anos é que os dois eixos juntos começaram a influenciar de fato o “ocidente europeu e americano”. Isso já faz parte do período de 180 anos críticos (1957-2137) onde "a cobra vai fumar" na Terra (rsrs), mas haverá "grandes possibilidades no céu", segundo os astrônomos e cronógrafos autênticos como Nostradamus, Daniel Ruzo e outros. A partir dessa influência algumas pessoas começaram a se questionar de forma crescente: “por que não integrar e harmonizar esses dois eixos dentro da nossa vida, do nosso interior, da Universidade?”. Sim, uma Universidade comprometida com o desenvolvimento Integral do Ser, ou do Ser Integral, dá no mesmo: Saber e ser, luz e sombra, Ying e Yang. A coisa está no ar...
E eu, o escriba, (dona Josefina e Dotô Manoel iam ficar orgulhosos), com mais vinte e poucas pessoas, tive o orgulho de ser convidado a participar da reunião inicial do projeto no Brasil, que nasceu na Natureza, num canto tranqüilo e bucólico em pleno Parque Ibirapuera em Sampa, em meio ao verde e aos passarinhos cantando. “Um bom augúrio” como diria Don Juan a Castaneda.
Quer lugar mais significativo e equilibrado no meio da correria da grande cidade paulistana?
A data? Doze de outubro. Um feriado. Mais alegria que trabalho no ar. A mesma data da Descoberta da América, da Virgem Aparecida, e do Dia das Crianças. À tardinha ela nasceu, num momento mágico em que todos se abraçaram em círculo como uma roda de crianças indígenas com o intento de trazê-la à luz. Com o sol no início da Casa 7, é “a universidade feita para o outro”, o próximo, o meu semelhante, o objeto potencial da minha compaixão, e ao mesmo tempo o desafio de convivência para o meu Ego mesquinho, cheio de auto importância. O outro é o meu espelho. O outro sou eu mesmo.
Os participantes? Vinte e dois. Como o Tarot. Vinte duas figurinhas carimbadas. Tem de tudo: psicólogo, filósofo, astrólogo, administrador, xamã, ator, engenheiro, advogado, médico, sociólogo, consultor, e por aí afora...tem até professor (rsrs)
As idéias? Maravilhosas. Vindas lá do fundo do baú de sonhos de cada um. Na verdade, mais perguntas que respostas, porque esse grupo de loucos sonhadores sabe muito bem o que não quer. Daí a fazer o filho, porém, é uma distância cósmica. Tem no mínimo que ter um Grande Sonho, como diria O Dreamer, no livro A Escola dos Deuses. Para essa empreitada temos que imaginar não como vai ser o mundo no futuro, mas sim que mundo nós queremos no futuro, e arregaçar as mangas. Fazer, e não aguardar acontecer. Sem perder tempo, mas sem pressa. Coisa de gente grande...
Rilke, o grande poeta alemão dizia que “para um só sucesso, é preciso uma constelação de eventos”. E foi assim. A idéia já vem pairando há décadas como uma nuvem de energia descendo sobre o planeta, e as pessoas vem recebendo gratuitamente os seus raios aqui e acolá e, sentindo-se inventores da coisa, cada um pensando com seus botões “Eu vou criar isso. Eu sou mesmo uma pessoa criativa...” E deixe o Ego atuar, contanto que saia coisa boa.(rsrs)
A coisa está no ar, sim. Podemos sentir, quase tocar. Uma sincronicidade danada: um participante já tinha tentado trazer a ESE – European School of Economics (do livro a Escola dos Deuses) para o Brasil, outro já está trocando figurinhas com acadêmicos de modelos de universidades parecidos no mundo todo, outra estava na Europa participando do início de um projeto semelhante para formar jovens líderes incorruptíveis para planejar e dirigir o futuro que se avizinha, outro está pensando em trazer um projeto de um monge tibetano radicado nos EUA, outra fazendo contatos com o modelo “Educação Proibida” trazida na onda de Matias de Stefano e as crianças índigo. Um espanto. E então a Chris, que deve ser bruxa, sentiu o momento e juntou esse povo todo...
Certo estava Carlos Castaneda quando afirmava que o conhecimento mágico tolteca tinha que se encontrar com a Universidade. Foi o que ele começou a fazer como antropólogo e escritor na Universidade da Califórnia. E é nossa tarefa continuar. Participar disso é um presente. Um luxo.
Como insinuamos nas postagens “Sun Gazing, a medicina gratuita do futuro” e “O sol, poder e quietude”, o conhecimento entre o Ocidente e o Oriente tem que se fundir, o xamanismo tem que chegar à universidade, a Ciência tem que se casar com a Espiritualidade. A Medicina Oriental com a Ocidental. A luz com a sombra. O lado esquerdo do cérebro com o direito. Razão e sensibilidade. A convergência já é sensível no mundo: como dissemos ao apresentar o vídeo “Universo ou Multiverso”, a dupla Don Juan e Castaneda disse nos anos 70 exatamente o que a ciência de vanguarda está dizendo agora na Teoria das Cordas: “o Universo é composto de uma infinidade de mundos como o nosso, convivendo simultaneamente. Podemos acessá-los a partir do Sonhar, do sonho lúcido”.
Esse sonho de uma nova universidade está na minha cabeça desde quando vi nos anos 70 o presidente Nixon ir à China numa viagem de quebra de protocolos e início do fim da guerra fria e, pasmem, assistir a uma cirurgia de cérebro de um operário chinês, acordado e sedado por Acupuntura, conversando com o médico, sem remédios nem anestesia, e chupando uma laranja. Parecia brincadeira. Era o Invisível tomando conta da cena. Os médicos ocidentais quase tiveram um infarto.
A reunião inicial do grupo foi um “toró de idéias” de quatro horas. Mais questões que idéias. A universidade que está aí hoje é um reflexo da paisagem que se quer evitar, esse Kali Yuga em que estamos vivendo: o capitalismo imoral desenfreado, a corrupção endêmica que já atingiu tudo, até a Justiça e a Religião, a política arrogante, classista, cínica e sarcástica, a valorização do ter e do consumismo que ameaçam a sustentabilidade, da aparência ao invés do conteúdo, a indiferença suicida com relação ao aumento da população (7 bi, amanhã), o uso dos combustíveis fósseis, o meio ambiente aviltado, enfim o endeusamento do Ego ao invés do culto da Essência, do Humano, do individual antes do social, da compaixão em lugar da competição.
Não é uma crítica, não. Se está aí, é porque É. Porque nos correspondeu até hoje. Mas se agora nos escandaliza, é porque não corresponde mais. Então vamos mudar, ora essa...
E o grupo iniciante tem que fazer a lição de casa para que o Sonho passe para a universidade: as reuniões, atividades e decisões iniciais deveriam ser gestadas dentro de um ambiente interior de presença dentro de cada um, de Vazio, de ausência de Ego, de lembrança de si mesmo, de Sonho, e então intentar que esse espírito perpasse luminoso para o grupo e para a universidade que está para nascer. Aliás já nasceu, segundo o Rodrigo..
Só assim a universidade vai fazer jus ao nome forte, quase sagrado: UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO SER INTEGRAL. Uma universidade que integre os 2 lados do cérebro e os dois sistemas econômicos , como preconiza Matias de Stefano, o jovem índigo. Vixe! Só assim o Sonho vai se infiltrar e seduzir o espírito dos alunos de uma Nova Era.
Os desafios, dúvidas e perguntas iniciais são muitos. Vamos agora trazê-los do sonho para o papel e trabalhá-los. Muito. Um bom exercício é responder às perguntas: O que é? Como? Porque? Quando? Para quem? De quem? Com quem? Com que?
Então vamos lá, companheiros de jornada:
· Qual é na sua visão, o Sonho dessa escola, que descendo dos níveis mais sutis vai plasmar concretamente a realidade, a individualidade dela como universidade?
· Qual o seu nome, marca, logo, identidade visual ligada à sua essência mais íntima?
· Qual a Missão dela? Objetivos, Postura, Desafios, Ameaças, Oportunidades, Plano de ação, Receitas, Cronogramas
· Qual a base conceitual, filosófica e concreta desse empreendimento?
· Como ela se relaciona com as verdades das tradições autênticas do planeta, desenvolvidas nesses milhares de anos pela humanidade?
· Como integrar essas tradições diversas num todo harmônico baseado nos princípios imutáveis do universo e do homem, sem os atritos, divergências e preconceitos de praxe do mundo moderno?
· Quem são as pessoas, entidades e comissões que vão alimentar, definir e prover os conceitos de uma empreitada dessa envergadura?
· Quais serão suas ligações, paradigmas e modelos com entidades semelhantes no exterior? Como ela vai se relacionar com elas, suas irmãs estrangeiras?
· Quem vai avaliar e aprovar parcerias? Como?
· Qual é o modelo dinâmico de aluno, de professor, de estrutura, de gestor?
· Quem vai definir os currículos gerais e específicos?
· Quem, como (e se) serão mobilizados terceiros para serem obtidos os fundos necessários à sua existência, sem interferências nos objetivos da entidade? Como?
· Ela estará fora do MEC (Ministério da Educação e Cultura) no Brasil? Em princípio sim, a menos que o ministério mude. Quais as implicações de uma coisa ou outra?
· Ela terá formato de Fundação? ONG?
· Quais são as outras perguntas pertinentes que não fizemos?
Se você leu, gostou e deseja participar com idéias, muito trabalho e seus sonhos, fale com a gente nos comentários do blog
Axé! (energia, poder, força – na língua iorubá)