domingo, 31 de julho de 2011

Você, Seus Pais, e o Nó

No desenho da carta astrológica de cada um, na sua cruz pessoal (casas 1, 4, 7, e 10) tem 3 pontos tensos que se opõem ao seu ascendente (o seu eu social): são as 3 casas que correspondem ao seu pai, mãe, e seu parceiro (a) no casamento.
Quem conhece astrologia sabe que essas "casas cruciais" são as casas 4 e 10 para a mãe e o pai, e a casa 7 para o parceiro (a) do casamento. Não tem exceção, seja você um buscador ou não. Se você nasceu, as 3 casas estão lá...os três nós para serem desatados. Uns mais fáceis, outros mais difíceis. Aliás, como já dissemos em O Ser e o Caminho de Volta,  foi você mesmo que escolheu.
Você pergunta: “e se eles já morreram?”. 

O nó continua, só não aumenta o aperto. Mas não se preocupe, você pode mesmo assim desatá-lo. É só fazer uma prática de dirigir sua atenção à figura de cada um deles, na sua meditação, na busca interior, e colocar um intento de dissolver a situação, a tristeza, amargura, mágoas, culpas, o que for...isso será bom para você e para eles, onde eles estiverem.
Às vezes o seu problema com os pais é puramente seu, como por exemplo, você não fica à vontade na relação com eles porque o seu orgulho formatou desde cedo uma auto importância sua, só para agradá-los, mostrando que “você é um bom menino, ou menina”,  e pronto, agora você está na prisão do ego, de ter que representar sempre. A máscara da persona ficou grudada ao rosto, como dizia Fernando Pessoa...
Mas vamos ver o que o iluminado Eckhart Tolle nos diz sobre a relação com os pais (que aliás funciona também com os nossos filhos):


PERGUNTA: minha questão é relacionada aos pais... praticando a presença eu senti amor por eles, depois de muitos anos não sentindo amor, e me sentindo culpada por isso, mas eu ainda tenho grandes problemas em encontrá-los, quero dizer, estar no mesmo lugar e espaço (risos). Mesmo que eu tente estar consciente da minha respiração e do meu interior, depois de um tempo eu sinto fortíssimos ataques de dores no corpo, e isso é disparado por algo que eles dizem, ou... eu não consigo nem explicar isso... as vezes eu me saio bem no encontro, mas minha mãe sai da sala e eu fico destruída, eu não sei o que é isso...

 
ECKHART: Sim.. o drama dos pais pode ser difícil eu sei... (risos) meus pais também... (risos), então.. no vínculo, já há uma aceitação no nível mental... aceitação de quem eles são, aceitação de suas limitações, da maneira como se comportam... é que o “corpo de sofrimento” ainda está aí dentro de você, claro, e o ‘corpo de sofrimento’ reage também, pode ser que no nível mental a aceitação ainda não esteja completa. 

Veja que eles agem da maneira como agem, falam da maneira como falam não pelo que eles são, mas devido a seus condicionamentos, ou seja são seus condicionamentos mentais e emocionais falando através deles, eles não conseguem se salvar disso... quando não há presença suficiente qualquer um  é controlado por sua condição mental e emocional, eles não conseguem... estão na aflição dessa doença que é a identificação com condicionamentos inconscientes.
Eu não sou o único a chamar isso de doença, até os antigos ensinamentos Zen as vezes chamavam isso de "doença da mente" e alguns mestres Zen dizem que estão aí para curar esses estados doentios da mente, então isso diz respeito à cura da doença da mente.
Você precisa saber constantemente no nível mental, que o que você observa não é o que eles são, mas você está observando uma forma de condicionamento mental,  por trás disso há o Ser. Talvez às vezes você tenha pequenos insights
Minha mãe também era muito identificada com a mente. Ocasionalmente eu a olhava nos olhos e de repente havia uma luz brilhando ali, e ela parava de falar por um breve período (risos), ou em outras palavras, a mente dava uma respirada depois de falar sem parar por dez minutos e então por um momento havia esse Ser brilhando através dela. Há uma ou duas fotos com o Ser brilhando através dela  então após isso fica tudo obscuro  e novamente aparecem as desconfianças as reclamações, as acusações e todas as coisas associadas ao pensamento inconsciente.
Então no nível mental você precisa saber “ser presente o suficiente” para não esquecer que o que você está observando não é o que eles são,  mas está observando o passado neles, os condicionamentos, então aparecem as emoções que você sente, porque esse é o seu passado, o passado vivo em você, a sua infância, tudo o que eles fizeram ou deixaram de fazer, eles não podiam fazer nada,  não havia presença suficiente para mudar isso. 
Então há algo para você aceitar... e quando você os aceita, você aceita o que você sente naquele momento, talvez você não possa nomear, nós não sabemos, é tristeza, raiva, é pesado... ou um mix de tudo isso... um sentimento de querer sair correndo, uma contração, está tudo aí. Você não precisa nem mesmo analisar, você só precisa sentir todo o campo de energia disso, e não é prazeroso... é o passado em você. Você observa o passado atuando neles, e experimenta o passado em você. Então o que você faz com os dois passados? o passado deles e o seu passado?
Somente a Presença pode dissolver o passado, então você precisa acessar o poder da Presença em você, e como você faz isso? Uma maneira rápida em uma situação como essa é a aceitação do que quer que apareça externa ou internamente nesse momento. Você aceita. o que você sente, o que eles fazem ou dizem, é a aceitação interna e externa porque já está acontecendo, você tem que aceitar ou então você sofre. Se você não aceita, você sofre mais. Se você não quiser sentir isso haverá mais sofrimento porque você estará resistindo. 
Aceitação faz algo que eu poderia descrever assim: aqui está seu campo emocional, que não se sente bem... e a aceitação não necessita nem de palavras, você somente observa o que acontece, esteja com isso... E nesse momento um pequeno espaço se abre ao redor de seu campo emocional, um pequeno espaço que vem da sua aceitação. A aceitação lhe dá espaço, e isso já é um pedacinho de liberdade. Você está criando um pequeno espaço dentro de você quando diz: “sim, é isso que acontece”, e a beleza disso é que você dá espaço a eles para externamente serem. Você se dá espaço internamente, e então você nota que realmente se sente um pouco melhor do que antes porque há espaço ao redor da emoção e conforme você aumenta o grau de aceitação, o espaço cresce um pouco mais em torno disso. 
Então você se depara com um fenômeno estranho, uma emoção não prazerosa existindo nesse campo espaçoso ao seu redor, e você descobre que você é esse campo, e você pode permitir as emoções permanecerem nesse campo, pode permitir seus pais estarem ali e falar ou fazer o que quiserem
Eles estão repetindo o passado. O espaço vem..então a aceitação abre espaço, e espaço é a transcendência do condicionamento, é a transcendência do passado, a transcendência da personalidade, da persona,  é liberdade... essa é a prática, e a melhor maneira de praticar isso é com seus pais
Há muitos outras situações onde você pode praticar, mas o grau máximo de mestria você atingirá quando conseguir praticar com seus pais. É a graduação, é o Phd em Presença (risos)
Não vá muito fundo nisso a ponto de, de repente, dizer
“ok, vou passar uma semana com meus pais...”, não isso é demais (risos). Comece com doses homeopáticas, como aparecer para um café, isso é o que eles gostam de fazer, pelo menos minha mãe gostava. Vá para um café, e se coloque em frente a eles, não sei como na pratica isso poderia ser, e se dê uma hora de prática. Uma hora. Esteja presente por uma hora (risos), e essa é sua prática espiritual, como você deve ter lido no livro. Se você acha que isso vai  iluminar você, passe duas semanas com seus pais, duas semanas, o teste final...
Então, boa prática (risos)
Namastê
Obrigado

domingo, 24 de julho de 2011

O Ego - 1

Na tragédia grega, aquela mascara que ri e chora é a Persona, palavra derivada da lingua etrusca (pershu) que significa o personagem da peça teatral. É o Ego, uma máscara, um personagem que encobre a essência do Eu Real que você é, durante a representação dessa peça teatral (bota teatral nisso) que é a sua rápida passagem aqui pelo pequeno planeta Terra.
Em várias tradições, como na visão tolteca de Don Juan e Castaneda, esse ego existe porque ele é um anteparo necessário para filtrar as emanações incompreensíveis que chegam do Mar Escuro da Consciência (nagual) transformando-o neste mundo conhecido em que vivemos (tonal), pois não seria possível encarar as emanações diretamente sem esse filtro. Ficaríamos loucos se de repente víssemos esse mundo, “a energia como flui no universo”, sem um anteparo. É assim. Temos, que gradualmente montar um ego ao nascer (o personagem) para conseguir viver, e depois desmontá-lo, se quisermos despertar um dia (e ser o Eu Real). Por que? Mistééério...
Para despertar do seu sono. o ser humano deve matar o ego? Alguns acham que sim, mas é só uma forma de falar. Devemos, sim, conscientemente dissolvê-lo. De mansinho, sem briga. Tirando o ar dele. Ou seja... matá-lo! (rsrs)
É disso que, mansamente, fala Eckhart Tolle:

PERGUNTA: O ego é a fonte dos nossos pensamentos, ou os pensamentos são gerados em outro lugar e atravessam o ego?

ECKHART TOLLE: Não existe um ego separado dos pensamentos. A identificação com os pensamentos, é o ego. Mas os pensamentos que passam pela sua cabeça estão, é claro, ligados à mente coletiva da cultura em que você vive, da humanidade como um todo, então eles não são pensamentos seus, propriamente, mas você os capta do coletivo, a maior parte deles. Então, você se identifica com o pensamento, e a identificação com o pensamento torna-se o ego. O que significa simplesmente que você acredita em cada pensamento que surge, e você deriva o seu senso de “quem você é” do que a sua mente está dizendo, opiniões, pontos de vista, 'isto sou eu'...
Algumas pessoas falam consigo mesmas: 'Ah, você é tão bom!' 'Por que o mundo não te reconhece?' ou então a mente diz: 'Você é mau...' É a mesma coisa. 'Você é  ruim, você fracassa em tudo, não é?' E então você acredita nisso! E você passa a ter uma idéia ruim de si mesmo.
Porque você se subestima? Porque você acreditou nos seus pensamentos. E por que você está pensando esses pensamentos? Provavelmente  você os coletou, talvez durante a infância...Talvez a sua mãe estivesse tão estressada que ela dizia: 'Você é mau!'
Então você coleta certos pensamentos e eles ficam presos na sua cabeça! Pensamentos que você ouve na infância, eles são pequenas formas de energia, como entidades, e eles ficam presos na sua cabeça e se recusam a ir embora! E quanto mais você acredita neles, mais profundamente  eles vão se alojando na sua mente.
E então algumas pessoas estão presas com entidades muito hostis. Eu estou dizendo 'entidades' não como uma assombração, mas que cada pensamento é uma forma de energia, e como tal, você poderia chamá-lo de entidade. Existem muitas pessoas neste mundo que estão presas com entidades hostis que elas carregam na cabeça, negadoras da vida, criticando e atacando continuamente. E elas acreditam que isso é quem elas são.E elas estão continuamente atacando a si mesmas, e se elas não estão atacando a si mesmas, estão atacando as pessoas em volta delas: 'Vou te dizer quem você é!' É claro que o que elas estão dizendo, na  verdade, é: 'Vou ter dizer quem eu sou'
Elas projetam... Vocês conhecem o famoso ditado: 'Nós não vemos as coisas como elas são,  nós vemos as coisas como NÓS somos'. O que significa: Você olha para a realidade através do crivo do seu pensamento! E dos seus julgamentos, que são condicionados pelo passado. ‘O presente horrendo em que vivemos’... É um presente horrendo para se viver! É como uma persiana, pior que uma persiana! Você  olha pra realidade através de véus muito pesados. 'Uh, está tão escuro aqui!' 'Aquilo é um ser humano, ou...?'
Então essa identificação com o pensamento, acreditar nos seus pensamentos, não ter nenhum espaço fora do movimento do pensamento... mais uma vez chegamos ao ponto vital: falta de espaço interno. Essa é a condição inconsciente, espiritualmente, completamente inconsciente.
Então você é sobrecarregado com um ego pesado, você 'é' o ego, que não é uma entidade separada do pensamento. Ele é formado de pensamentos com os quais você se identificou. E o primeiro momento de liberdade vem quando você percebe que certos pensamentos têm estado na sua cabeça há anos, talvez,e eles são apenas pensamentos. E você não é o pensamento. Você é a Consciência.
No meu caso, eu me conscientizei de que eu tinha  um pensamento, por exemplo, que tinha começado na infância, um de muitos pensamentos negativos que eu tinha: 'Coisas ruins sempre acontecem comigo.' Quando eu via as pessoas à minha volta, eu pensava 'Eles têm todas essas coisas boas', e haviam sempre coisas ruins acontecendo comigo... É claro que a sua percepção se torna seletiva. Quando você tem um pensamento como esse, você percebe muito mais as coisas ruins... Porque na vida diária de qualquer pessoa certas coisas dão errado: você perde o ônibus, você fica preso no trânsito, ou você perde algum dinheiro, e isso é normal, mas se você tem o pensamento: 'as coisas ruins sempre acontecem comigo', você está extremamente atento a esse tipo de coisa, e elas confirmam pra você que o pensamento está correto. E essa é a percepção seletiva da realidade através do crivo da mente. Então a realidade irá confirmar pra você, e não somente isso! Esse pensamento ou qualquer pensamento desse tipo na verdade atrai 'coisas ruins'. Coisas negativas.
Ou se você acredita que as pessoas são basicamente más, e essa é uma crença profundamente estabelecida e você não percebe que é apenas um pensamento na sua cabeça, uma crença, não apenas você irá destacar os comportamentos anti-éticos ou negativos quando você os encontrar nos outros, do tipo: 'Ah, lá está!' não apenas isso, mas também é muito mais provável que você encontre pessoas que manifestem esse tipo de comportamento, porque você será atraído por elas. Então, é incrível como as pessoas criam seus mundos através disso.
A liberdade vem de sair disso, encontrar antes de tudo um pouco de espaço dentro de você, presença! E a partir daí você percebe que certos pensamentos são repetitivos, e que são só pensamentos... 'Coisas ruins sempre acontecem comigo... Veja só, de novo, eu pensei isso antes!'
Então tornar-se livre do ego significa tornar-se livre do pensamento. Da identificação com o pensamento.
Esse é o fim do ego. Ele pode ocasionalmente se reafirmar, de tempos em tempos, mas pelo menos este é o despertar.
E os seus pensamentos? Os pensamentos habituais? Provavelmente ‘de que eu tenho que fazer tudo certo’. ‘Tenho que saber tudo e fazer certo’. Isso me domina. E se não estiver certo?... Eu fujo... Eu deixo de fazer. Eu meio que prevejo, então eu nem tento, muitas vezes.
Algumas pessoas têm medo de não obter sucesso nas coisas que fazem porque suas auto-imagens, que são derivadas do pensamento, iriam sofrer! 'Se eu falhar em alguma coisa, minha auto-imagem será ferida.' portanto eu não vou nem tentar...' E, novamente, isso tem a ver com derivar a sua identidade do pensamento. E mesmo o pensamento 'Eu falhei' é uma mentira. 'Eu sou uma falha' é uma mentira maior ainda. Você não falhou, você pode simplesmente re-interpretar: 'Eu aprendi algo aqui.
‘Isso não é pra mim' por exemplo.
Então por que acreditar nas mentiras que a sua mente produz?... Então, como você sabe, muitas pessoas vivem com uma mente muito hostil. Porém a motivação dessas pessoas pra sair de suas mentes é muito grande, eu imagino.
Mas primeiro elas precisam perceber que seus problemas são auto-gerados. Gerados pela mente. E não gerados pelo mundo.
Obrigado.

 VIDEO: O Ego (visto por Deepak Chopra e uns Phds):



domingo, 17 de julho de 2011

A Lei de Sete

As 7 cores da vibração da Luz
Um dos documentos mais antigos e obscuros que a Humanidade conhece, a Tábua de Esmeralda, é atribuída pela tradição ocultista ocidental a Hermes Trismegistos, um outro mito que poderia ser o deus Hermes, Thot,  um grande mago, ou um sacerdote egípcio.
Ela começa dizendo que “O que está embaixo é como o que está em cima, e o que está em cima é igual o que está embaixo, para realizar os milagres da Coisa Única”. É a solene afirmação, que o ser humano esqueceu, de que “tudo está ligado”, e pertence á Unidade. No Cristianismo primitivo, a "queda do Paraíso" é o símbolo desse esquecimento, ao "comer o fruto da Árvore do Bem e do Mal", da dualidade.
A aplicação prática disso para a busca interior da nossa evolução é que o estudo do homem deve se desenvolver paralelamente ao estudo do mundo, do Universo que nos rodeia. As leis são as mesmas, atuam igualmente no homem e no mundo, e são poucas. Às vezes é mais fácil observar no homem, às vezes no mundo, dependendo do caso, e extrapolar de um para o outro. Como já dissemos na publicação da primeira lei do Universo, a Lei de Três, diferentes combinações numéricas de poucas forças criam uma variedade aparentemente grande e confusa de fenômenos, e é preciso decompô-los nessas forças elementares: Positiva, Negativa e Harmonizante, ou o nome que se queira dar a elas.
A segunda lei fundamental do Universo é a Lei de Sete, ou Lei de Oitava, conhecida em todas as tradições autênticas. Para entender o significado dessa lei é preciso compreender que “Tudo no Universo consiste de vibrações” que se processam em todo o tipo de matéria e energia a partir de várias fontes, se desenvolvendo e indo em várias direções, influenciando umas às outras. Esse "tudo" significa: objetos, fatos, eventos, seres, processos, períodos, fenômenos...esquecemos algo?
A lei ancestral, passada de mestre a aluno entre as escolas genuínas, foi reapresentada no século passado por Ouspensky- Gurdjieff de uma forma nova, associada às vibrações das 7 notas musicais, porque por serem vibrações, se prestam didaticamente muito bem  à compreensão dessa lei cósmica, que se aplica a tudo. A lei antiga também afirma o “princípio da descontinuidade da vibrações”. Elas são “não uniformes”, com aceleração e retardamento tanto na escala ascendente como descendente de qualquer fenômeno, ao contrário do conceito ocidental, que ignora o fenômeno. 
Vamos imaginar uma linha de vibrações cuja   freqüência (nº de vibrações) aumenta  de 1000 para o dobro. Há dois lugares onde ocorre um retardamento. Um perto do início e outro perto do fim. Assim:

             1000 vezes                              2000
  |__________ * ___________________* _______|

Essa linha é dividida em 7 partes desiguais e é chamada de oitava. Em tempos muito antigos essa fórmula foi aplicada à música, obtendo-se a escala de 7 tons, depois esquecida e redescoberta. A mesma lei aplica-se às vibrações de todas as espécies alem da música: ao espectro da luz, calor, vibrações magnéticas, químicas, etc. A tabela periódica dos elementos químicos, do russo Mendeleiev, está ligada à oitava embora essa relação ainda não foi completamente aclarada pela ciência ocidental.
Vamos chamar agora, para simplificar, os extremos dessa linha (1 e 2), de duas notas “dó”. Entre elas temos a oitava. A freqüência de elevação das vibrações entre as notas desses dois extremos quando se dobra a frequência das vibrações, comporta-se de forma desigual até atingir o dobro. Assim:
         ré       mi       fá      sol          lá        si                                                                                        
   |_____|_____|_____|_____|_____|_____|_____|
   1       9/8      5/4     4/3     3/2      5/3     15/8      2

Para ficar mais claro ainda o que acontece, vamos dividir a freqüência de uma nota pela da nota anterior para ver o quanto "acelera" a progressão das frequências entre uma nota e outra:

Intervalos
Frequência
Aceleração (frac. ord.)
Aceleração (frac. dec.)

Do a Ré
9/8 : 1  =
9/8
1,125

Ré a Mi
5/4 :9/8
10/9
1,111

Mi a Fá
4/3 :5/4
16/15
1,067
retardamento
Fá a Sol
3/2 :4/3
9/8
1,125

Sol a Lá
5/3 : 3/2
10/9
1,111

Lá a Sí
15/8 :5/3
9/8
1,125

Si a Dó
2 : 15/8
16/15
1,067
retardamento

Na escala da música, a diferença de altura das notas é chamado “intervalo” e existem três tipos de intervalos na oitava: 9/8. 10/9, e 16/15, este último que é o menor, encontra-se entre Mi-Fá e Si-Dó. É aqui que a oitava se retarda. 
Se você olhar o teclado do piano, vai ver que são os dois lugares onde falta um semitom, não tem a tecla preta entre as brancas. Em vez de 14 notas, a oitava só tem 12. Alguém deveria ter percebido isto (rsrs) e dito: “Há algo errado no Universo”. Ou “Há algo errado com as vibrações”, sei lá... Mas os antigos no Oriente já sabiam de tudo,  nós no Ocidente é que não aprendemos.
Já na escala cósmica, só esses dois casos (Mi-Fá e Si-Dó) são chamados “intervalos”.
No retardamento das vibrações, a oitava que começou numa linha reta do-ré-mi, em direção ao seu objetivo, desviou-se no intervalo mi-fá e mudou de direção, e depois em si-dó mudou de novo. E vai indo, vai indo e mudando de direção em cada intervalo... Se o fenômeno era uma idéia, um projeto, um namoro, um empreendimento, depois de um tempo a direção já é contrária à do começo. No final, frequentemente o fenômeno em vez de atingir o objetivo desejado, voltou ao ponto inicial. Mas o ser humano, em sono profundo, não se aperta: " - São apenas circunstâncias e está tudo sob controle". Brincadeira...
A Lei de Sete dá uma nova visão da vida, da manifestação dos fenômenos, do progresso, desenvolvimento: o porquê não há linhas retas na Natureza e na vida da gente; porque tudo “sucede”; porque o entusiasmo inicial por algo ou alguém é sempre mecânicamente substituído por cansaço, aborrecimento, preguiça, dogmatismo, mudanças imprevistas, e o resultado é geralmente diferente do que esperávamos. Em todas as atividades humanas, literatura, filosofia, artes, ciência, religião, depois de um tempo as coisas se degeneram e se transformam até no seu contrário, e às vezes mantendo o mesmo nome inicial. Como se explica que o amor descrito nos Evangelhos no início do Cristianismo, transformou-se, na fase da Igreja, na terrível Inquisição na Europa? Como povos europeus “cristãos” dizimaram culturas indígenas americanas? Como a mensagem inicial amorosa de Maomé se transformou no radicalismo islâmico?
A Lei de Sete explica basicamente três coisas: o desvio de forças, o fato de que nada fica sempre no mesmo lugar, e o fato de que tudo flutua, sobe ou desce, no desenvolvimento das oitavas. Nada pode permanecer no mesmo nível: ou evolui ou degenera, é só esperar. Então é preciso um esforço para se compreender o papel dos "intervalos" na manifestação das oitavas.
A Ciência Antiga conhecia tudo isso: o mito da criação em seis períodos com um sétimo para descanso; e a divisão do tempo em semanas de seis dias de trabalho intercalados com um domingo, relacionando e harmonizando a atividade corriqueira da vida com a lei geral do Universo.
Só nas oitavas de ordem cósmica ascendentes ou descendentes, as vibrações ocorrem de maneira ordenada e conseqüente, mantendo a direção tomada na partida, pois uma inteligência de nível superior conhece as forma de aplicar nos intervalos um “choque adicional” que mantém a direção original. Mas há diferenças entre as oitavas ascendentes e descendentes quanto aos intervalos. Talvez falemos disso.
No jogo da roleta a gente sabe quando perdeu ou ganhou, mas na vida, os choques adicionais acidentais frequentemente dão a falsa ilusão de que as coisas correm em linha reta, e de que o homem está no comando, mas esse “homem-máquina” está de fato controlado pelo acaso, fora e dentro dele mesmo. "O verdadeiro controle das coisas exteriores começa de fato pela compreensão interior de cada um de nós mesmos. Um ser humano que não compreende o que se passa dentro de si, não pode controlar nada".



domingo, 10 de julho de 2011

Parousia, o Renascer

 Dos quatro reinos conhecidos, mineral, vegetal, animal e humano, o ser humano é “o ponto alto da Criação”, certo?
Sim e não. Depende do jeito que se aborda a questão. Do ponto de vista da estrutura biológica e hereditária que forma o ser humano hoje, é sim. Já somos uma máquina sofisticada, única, testada há muito tempo em condições desfavoráveis e aprovada, e ela tem sim um potencial para abrigar um emocional neurológicamente complexo, um mental e memória sofisticados, uma consciência digna do “super homem” que deveria vir e se instalar, como diria Nietzsche e outros estudiosos, (mas não vem nunca - rsrs). Os hindus e os budistas afirmam que é um privilégio nascer com a forma humana, um presente que recebemos, e não podemos desperdiçar. Talvez seja a esse dom que eles se referem, mas precisamos agora fazer a nossa parte. Como dissemos em O Ser e o Caminho de Volta essa “aparente evolução” que somos, veio no “piloto automático” do Raio de Criação. Nada fizemos por ela, nós seres humanos. Foi um presente, sei-lá-de-quem, para que agora alguns, pouquíssimos, conscientemente, por esforço individual, comecem a evoluir e cheguem até “o ponto alto da criação”. Há uma porta estreita ai conforme dizem os livros sagrados. Esse é o significado esotérico oculto de “Muitos serão chamados, poucos os escolhidos”. A Natureza generosa faz isso mesmo: põe um zilhão de ovos para que talvez um somente possa conseguir chegar lá, se for esperto. Mas o esforço deverá ser dele, ser humano. Nada vai ajudar agora, muito pelo contrário. Tudo vai estar jogando contra, no outro time. Essa é a nossa parte no contrato que assinamos, aliás nem dá para reclamar, nós é que fizemos o contrato, esqueceu? Ou você pensou que o show era de graça?
Não devemos esquecer: somente uns poucos humanos serão necessários para a mutação que produzirá o “homem novo”. Lembra-se de Noé?
Então do ponto de vista da nossa potencialidade como seres humanos comuns, estamos muito longe das nossas possibilidades de atingir “o topo da Criação”, como pressupõe a maioria. Quando lemos as tradições temos o mau costume, cultivado pela ignorância ou orgulho, de assumir sempre o lado vantajoso para nós. Ao ler que o ser humano é composto de corpo, alma e espírito, e somos eternos, dizemos: “Olha eu aí”...
Não, não, cumpadre (ou cumadre), esse aí descrito nas tradições é o verdadeiro Ser Humano já completo, “o homem nº 7” segundo o Quarto Caminho, desenvolvido e poderoso, é o tal “super homem” que, quando sai da lagarta e vira a linda borboleta, nem ficamos sabendo que virou, e ele também vai embora e nem lembra mais da lagarta que já foi um dia. Para virar borboleta, tem muito chão ainda. Como diz o ditado árabe, temos que comer um saco de sal, junto a um mestre autêntico, dentro de uma tradição autêntica. Só então seremos candidatos. A uma possibilidade.
Não há garantia de que temos uma alma, já diziam Don Juan, Castaneda, Gurdjieff,  e outros mestres irados, linhas duras. Será que temos?  O que temos, sim, é um embrião, um rascunho de “corpo astral” que será, se-ráá...,  a sede da alma, ou o nome que tenha, se nós o desenvolvermos para isso, é claro. Se não, volta ao pó.
Esse desenvolvimento vai acontecer numa paisagem que não é bem um mar de rosas. Quando a gente falar no blog sobre o assunto da “Lei de Sete” vai ficar claro o porquê disso, vamos ver que o palco em que estamos atuando, a nossa vida, não ajuda muito. Há muita pedra no caminho como diria Drummond. Sem muito esforço a coisa vai parando, parando, e para. Ou como diriam os cientistas “O Universo tende naturalmente à Entropia”. Ou é uma outra forma de dizer, como o grande humorista-filósofo Millôr,  “ Se você deixar as coisas como estão para ver como é que ficam, a tendência é só piorar. A Natureza está sempre do lado da falha”. Tem que aplicar inteligência e esforço. E na hora certa. É uma arte.
Essa é a essência da tal Lei de Sete. Ela foi formatada assim mesmo, por uma Inteligência que precisa do resultado desse esforço, e conhece muito bem a natureza humana preguiçosa.  Aliás, nem é preciso esperar a publicação da Lei do Sete no blog. É só olhar à nossa volta, e ver que viver é uma tarefa que requer esforço e paciência, as coisas não são tão fáceis, os planos, projetos, objetivos, requerem esforço, habilidade, decisões difíceis, e no final só muito poucos dão certo.
Um dos pontos é que precisamos de energia para enfrentar isso, e o melhor jeito é economizar a pouca e finita energia de que dispomos.  O caminho tolteca de Don Juan e Castaneda, além dos Passes Mágicos, exercícios para reequilibrar essa energia, insistia que o guerreiro precisava de “impecabilidade”, e isso não era nenhuma regra moral de conduta. Nada a ver com o pecado como o conhecemos, é um outro tipo de pecado. E a fórmula é simplesmente “fazer tudo da forma mais econômica em termos energéticos”, senão a gente gasta toda ela nas insignificâncias da nossa vida corriqueira e não sobra nada para o desenvolvimento interior. O pecado aqui é desperdiçar energia. Significava que devemos deter os vazamentos “normais” de energia do nosso funcionamento, adquirindo assim poder pessoal. Então a gente faz a pergunta certa, de um milhão de dólares: “E quais são esses vazamentos?”.
Temos uma lista grande, mas que pode ser resumida no fato de que “gastamos uma energia descomunal para manter a estrutura da nossa personalidade (leia-se ego) intacta, segura”.  É a chamada Auto Importância, e com ela vem, auto imagem, auto piedade, auto estima, auto reflexão, hábitos e rotinas, inventário de conceitos, etc., exaustivamente tratadas na obra de Castaneda.
A literatura esotérica de busca interior no budismo, hinduísmo, xamanismo, taoísmo, também está repleta de práticas para trabalhar o gradual esvaziamento da ação do ego em nossas vidas, cujo maior escudo é o incessante e diabólico Diálogo Interno.
O outro ponto é que é preciso Interesse para vencer a inércia dos hábitos e preocupações da vida diária que competem ferozmente com a busca interior da evolução, e isso é função de algumas influências que nós no Ocidente não tivemos, e outras que infelizmente tivemos. A herança da cultura grega, racional que formatou o Ocidente europeu, tem a ver com isso. No Oriente a criança nasce já envolta numa cultura que privilegia o ser, o equilíbrio, o silêncio, a meditação e os valores do espírito. Então o nosso esforço tem que ser maior do que o do oriental (o legítimo), para vencer isso.
Então, só potencialmente somos o ponto alto da Criação, mas isso é só uma possibilidade, não uma realidade. Dependendo do esforço, somos uma promessa. No máximo.
Para ser realmente o ponto alto da Criação, nós temos que nascer de novo. Esvaziar a fortaleza do ego. Todas as tradições mencionam isso.
Os toltecas falam disso o tempo todo de uma maneira até drástica. Como eles dividiam a nossa percepção de mundo em duas ilhas, o tonal (racional, controle) e o nagual (impensável, indescritível, sem nome), eles treinavam a limpeza total da ilha do tonal: apagar a história pessoal, desligar-se dos padrões da sociedade, família, amigos, passar para outros estados de atenção, outros mundos, eliminar nossos inventários de conceitos, recapitular e limpar as nossas experiências da vida...
O que é isso, senão “renascer da água”, do mundo físico, como propõe o Cristianismo esotérico, que fala em “renascer da Água e do Espírito para ver o Reino”? Ou “esvaziar a xícara” para receber o chá, o verdadeiro alimento, como na história do Budismo Zen?
Desde muito cedo sempre me soaram assombrosas duas coisas que os dogmáticos dos templos (para não dar nomes aos bois) falam: a primeira é  que a “salvação da alma” virá depois da morte física. A porta já é estreita e eles, falando isso, nem entram nem deixam os outros entrarem enquanto estão vivos. A outra é que haverá uma “segunda vinda” de alguém que vai chegar para nos salvar, ou a todos, ou alguns mais chegados, ou cada um interprete de acordo com a sua compreensão. Novamente fecham a porta. Não vai chegar ninguém de fora.
Os dogmáticos dos templos, ao contrário dos "místicos", nunca entenderam que a segunda vinda é um nascer de novo, de dentro para fora, uma transformação integral, interna do ser.  Lamentavelmente informamos em primeira mão (rsrs) os nossos queridos leitores que o único que pode nos salvar está dentro da nossa roupa. A “segunda vinda” não é um salvador anunciado vindo de fora, por mais que a idéia seja atraente. Nem está vinculada a um “pessoal autorizado” que vai decidir quem tem o bilhete de entrada. Ela vai se dar dentro de cada um que se esforçar, e em muitos caminhos e tradições. Por isso as escrituras não marcam data. Elas só dizem:”O espírito assopra onde quer. Você ouve a sua voz mas não sabe de onde ele vem nem para onde vai. Assim é todo aquele nascido do espírito”. O ser humano nunca saberá a hora em que vai ocorrerá o seu nascimento no mundo espiritual porque ele vai ocorrer em cada um na medida do seu esforço. Não tem carona nem caravana. Os guerreiros a duras penas vão conquistá-la. É verdade que há certos períodos da história da humanidade em que além do esforço imprescindível, "os céus se aproximam dos seres humanos" e o renascer é facilitado, mas essa é outra história, que fica para outra vez. Esse renascer sim marca o ponto alto da Criação. A segunda vinda interior, o renascer, é chamada nos textos antigos de Parousia. Alguns chamam Ressurreição. Vamos falar dela ainda.


sábado, 2 de julho de 2011

Sun Gazing - A Medicina Gratuita do Futuro

Ritual egípcio: Olhar o Sol (Rá)
Seguindo a linha "vamos fugir do rebanho" deste blog, que é a de levantar assuntos do Invisível, do Espírito, que a nossa “ciência” ocidental rejeita por ignorância, preconceito ou inércia, vamos falar de Surya Yoga ou Sun Gazing, ou Olhar para o Sol. Aliás, um modelo que me estimula como buscador, é o mesmo de um grande contingente de pessoas que dedicaram muito esforço para estabelecer uma ponte entre o conhecimento do Oriente para o Ocidente. Grandes “pontífices” na busca interior, gente como Tarthang Tulku, Tenzin Wangyal Rinpoche, Shogiam Trungpa, Gurdjieff, Deepak Chopra, Sogyal Rinpoche, Jacques Bergier, Alice Bailey, Carl Jung, Vivekananda, Yogananda, Joseph Campbell, Padma Samten, e por aí afora, me perdoem os milhares de outros não citados. Isso sem contar os que no próprio continente americano nos trazem o conhecimento xamânico "não ocidental” dos povos antigos americanos incas, maias, toltecas, sioux, etc., como fizeram Castaneda, Daniel Ruzo, Michael Harner, e outros.
Na postagem 
Surya Yoga, O Sol e Nós, e depois Ciência, Preconceito e Lobby, fizemos as primeiras menções ao Sun Gazing, prática milenar de muitas culturas antigas do planeta (egípcia, hindú, chinesa, maia...) e que na Índia se chama Surya Yoga. O formato moderno dessa prática, sem a crença religiosa por trás, foi feito por Hira Ratan Manek, um indiano estudioso, engenheiro e empresário  aposentado, e que  na época se declarava doente  (como aliás quase todos nós). Ele se curou, e hoje difunde a prática no mundo inteiro. "- Não é preciso acreditar, basta praticar" diz ele, como aliás dizia o meu primeiro médico homeopata nos anos 60. Tentamos trazer HRM ao Brasil mas não conseguimos ainda, por problemas da agenda dele.
A prática é simples e está explicada na conferência abaixo. Quem tiver alguma doença grave apontada, faz um período inicial de 60 dias olhando o sol 10 minutos por dia de olhos fechados nas “horas seguras”, e depois inicia o protocolo normal. Eu faço a pratica desde junho de 2009, e iniciei com algumas falhas devido à ansiedade inicial. Hoje estou fazendo as correções através de emails que troco com ele, e estou recebendo os benefícios com entusiasmo: duas lições de uma só vez. Essa é a razão dessas publicações, para que os outros comecem a prática corretamente.  Só a prática pessoal autoriza alguém a falar sobre o assunto, mesmo que sejam oftalmologistas, clínicos gerais, alternativos, gurus, o diabo.... Não acredite em “ouvi falar que”. A boa notícia é que já há oftalmologistas brasileiros corajosos praticando. Corajosos não por causa da prática em sí, comprovadamente saudável por 3 equipes de médicos na Índia e E.U.A. (uma delas da NASA), mas por causa da pressão profissional classista. Quem  quiser mais informação, deve visitar os sites www.sungazing.org, www.solarhealing.org, www.hrmargentina.com.ar, ou no velho e bom Google digite HRM, e/ou Hira Ratan Manek, Sun Gazing, ou Surya Yoga. Pode também pedir dicas nos comentários deste blog, fornecendo antes o seu email.
Nota: Na transcrição abaixo feita na revista há trechos, que são “janelas” de texto inseridas entre as perguntas. Procuramos diferenciá-las com itálico para melhor compreensão da leitura.
O texto é longo, mas não tem preço. A experiência de quebrá-lo em capítulos não nos pareceu boa. Então preparem-se... Ai vai:


Reportagem: Revista Athanor - nº 70 - 09/2009

HRM olhando para o Sol
Ele viaja pelo mundo sem cobrar pelos seus cursos e conferências. Apenas se paga a passagem de avião, garante-se o alojamento e ele vem comunicar a sua sabedoria em qualquer lugar onde seja convocado. Nem sequer tem que se preocupar com as suas dietas, já que ele não come. Passou de um empresário preocupado a um mestre sem discípulos, um sereno e tenaz transmissor de uma técnica singela baseada no olhar ao Sol, cujos protocolos estabeleceu ele mesmo a partir de conhecimentos de culturas ancestrais. Trata-se do Sun Gazing. A dita prática, afirma, leva-nos ao desenvolvimento espiritual, passando antes pela limpeza emocional, mental e física. Hira Ratan Manek chega, dá a sua mensagem e parte. Não demora nem meio segundo em trivialidades ou em nenhum tipo de interesse turístico. As suas palavras chegam-nos juntamente com o seu porte impassível, o seu ser integrado, e nos transmite uma perfeita segurança. Assistimos a um seminário que ele deu pessoalmente em Murcia, Espanha, em maio de 2008, o qual constitui a fonte desta reportagem.

AS ORIGENS DO SUN GAZING
Revista – Qual é a origem da prática de olhar ao Sol que nos propõe, o Sun Gazing?
HRM – É uma técnica milenar, que se aplicava na Antiguidade em todo o mundo, incluindo a Europa. Hoje restam poucos povos ou grupos que a aplicam. Na Bulgária e na Grécia é uma prática que prevaleceu até há pouco tempo; na Bulgária inclusive hoje é aplicada por alguns médicos. No entanto, as religiões estabelecidas erradicaram o culto ao Sol.
R– A que se atribui isso?
HRM– Definitivamente nos textos religiosos modificados eliminaram as referências ao Sun Gazing, para que as pessoas estivessem sob a influência dos sacerdotes e não pudessem ser realmente independentes. Modificaram todos os textos; não resta quase nenhum. Se as pessoas estiverem desligadas do Sol podem ser exploradas pelos demais.
O caso é que o Sol tem poder, e o homem pode alinhar-se com ele e conseguir a sua liberdade. Levei a cabo uma investigação durante muitos anos. Comecei em 1962; contava então com 25 anos de idade. “A Mãe”, a companheira de Sri Aurobindo, ensinou-me a prática de olhar ao Sol. Pesquisei várias culturas e descobri que o autêntico Surya Namaskar (a Saudação ao Sol) de que se fala no yoga consiste na realidade em "olhar para o Sol". Investiguei práticas egípcias relacionadas com o deus Rá; estudei tradições do México e do Perú, e conheci o Dia da Saudação ao Sol boliviano; também entrei em contato com crenças que ainda hoje vigoram na Bulgária e na Grécia. Igualmente, estive em contato com os nativos americanos. Depois de muitos anos pesquisando comecei a praticar com o meu próprio ritual. Custaram-me três anos de ensaio e de erro para o instaurar. Quando comecei padecia de depressões, por causa dos meus negócios. Tinha problemas para dormir e problemas com a alimentação. À medida que praticava, o sentimento de fome ia desaparecendo. A regra de olhar o Sol durante nove meses com uma progressão de dez segundos por dia, foi estabelecida por mim, e é uma maneira segura, que qualquer pessoa pode aplicar, de se chegar ao máximo benefício na sua relação com o Sol.
R– Por quê? Poderíamos ir mais depressa?
HRM– Ao todo serão 270 dias olhando o Sol, e o total de horas de visão acumuladas serão 111. Este é o requisito para chegar a conseguir todos os benefícios psicológicos, físicos e espirituais. Não recomendo enfrentar o processo com pressas, nem forçá-lo. O Sol não é fast food (comida rápida), mas sim slow food (comida lenta). Dá resultados perfeitos se é feito com calma e regularidade. Se há um dia em que você não pode olhar tanto, não trate de compensar olhando por mais tempo no dia seguinte.
R– Hoje em dia, o Sun Gazing está estruturado como um movimento?
HRM– Este método está se expandindo por todo o mundo. Não há chefes, e todo o mundo pode praticá-lo de forma independente. No entanto, há grupos que se juntam para praticar e para difundir a mensagem, eles auto organizam-se.
R– Por que nos sugere fazer a prática do Sun Gazing? Que benefícios vamos obter? 
HRM– Na nossa cultura ensinaram-nos a temer o Sol e a esconder-nos dele, quando na realidade toda a nossa vida depende do Sol, começando porque nutre os vegetais que estão no princípio da cadeia alimentar. Ele é o nosso grande benfeitor; equilibra a natureza e a ecologia. Está sempre aí. Oferece-nos, grátis e para sempre, vida e saúde. Grátis! Ninguém o fará pagar impostos por estar olhando o Sol. Ao final, você mesmo, como fazem os vegetais poderá incorporar diretamente a energia do Sol. Sem necessidade de tornar-se dependente de nenhum guru ou mestre, o Sol diretamente o nutrirá e lhe dará o quanto necessita. Terá saúde física e perfeita estabilidade mental, por si mesmo. Quem depende de chefes religiosos torna-se fraco. Com o Sun Gazing recuperamos a independência perdida.
Na nossa cultura ensinaram-nos a temer o Sol e a esconder-nos dele, quando na realidade toda a nossa vida depende do Sol. Ao final você mesmo, como os vegetais, poderá incorporar diretamente a energia do Sol.
A fotossíntese não é uma prerrogativa dos vegetais. A luz solar penetra também dentro da terra, a qual leva a cabo a própria fotossíntese dela. É assim que se geram o ouro, a prata, o cobre, os diamantes, as gemas preciosas. Com o Sun Gazing fazemos a nossa própria fotossíntese. Pegamos os fótons do Sol, os quais constituem uma energia muito poderosa, um néctar que não está polarizado em positivo-negativo.
Eu distingo claramente na prática três fases, de três em três meses. Porque pode ser que uma pessoa queira chegar até ao final dos nove meses, e conseguir assim uma realização espiritual, ou pode ser que persiga outros objetivos.
No final dos três primeiros meses, que correspondem a 15 minutos olhando o Sol, a pessoa consegue uma saúde mental perfeita. Isso é anterior a qualquer cura do corpo e a qualquer caminho espiritual. Depois desses três meses a pessoa se desprende das suas inseguranças, medos, depressões, ciúmes, invejas, etc. Ao conseguir isto, a mente deixa de bombardear o corpo com negatividade, e isso torna possível que nos três meses seguintes o corpo obtenha a saúde. A pessoa pode abandonar o processo depois dos três primeiros meses, se já se sentir satisfeita com isso, e seguir uma manutenção já sem prolongar mais os tempos de olhar o Sol. Ou então, uma pessoa pode decidir abandonar o processo depois dos seis meses, tendo recuperado a saúde, e continuar com a manutenção. No entanto, se a pessoa tem expectativas espirituais deverá completar os nove meses, durante os quais receberá dons especiais, como a possibilidade de gradativamente deixar de comer e outros.
O Sol tem alma, e se o olhamos com respeito e com intenção, sintonizaremos com ele; ele nos cuidará e guiará. Inclusive, se você é dado à astrologia, uma vez que o Sol rege todos os planetas do sistema solar, se você mantém boas relações com o Sol, o Sol influenciará todos os planetas para serem favoráveis a você.
R– Mas, senhor Manek, sempre nos advertiram que é muito perigoso olhar o Sol, poderíamos ficar cegos…
HRM- Porque os especialistas nunca analisam como a intensidade do sol se altera desde o amanhecer até o anoitecer. Provou-se que o sol é suave quando nos chegam menos raios ultravioletas, e constitui um poderoso medicamento. Vivemos na sociedade do câncer. Quem evita a luz solar suave sofrerá de problemas de saúde, padecerá de insônia, etc.
Que o sol seja perigoso ou não, depende da incidência dos raios ultravioleta. Se o índice é inferior a 2, não pode haver nenhum problema. A primeira hora posterior ao nascer do Sol e a hora anterior ao ocaso são horas seguras, e é só quando eu recomendo a realização da prática. O Sun Gazing é inofensivo e carece de efeitos secundários adversos, contrariamente ao que acontece com a medicina alopática, onde alguns médicos dizem que todos e cada um dos medicamentos deixam algum efeito secundário.

Estamos fazendo o curso em Murcia e nos entregam umas folhas com os horários do nascer e do pôr-do-sol correspondentes à região de Murcia, para todo o ano de 2008. Pois, não se considera, obviamente, que o Sol sai quando a gente o  vê aparecer. A frequente irregularidade dos nossos relevos geográficos, torna necessário conhecer estes horários.
 
R– De qualquer maneira, creio que se digo ao meu médico que estou me dedicando a olhar o Sol, não vai achar muita graça…
HRM- Efetivamente, e é melhor que não o saiba. Muito poucos estão abertos a estas coisas, incluindo os oftalmologistas. Eu recomendo que faça uma revisão ocular antes de começar a prática, especialmente se sofre de algum problema de visão. Volte a fazer a revisão ao fim de dois ou três meses: se usa óculos, certamente terá que mudar as lentes, pois estará vendo melhor. Ainda que dificilmente, a sua visão vai melhorar, se é dos que passam horas em frente ao computador ou ao televisor.
Com o Sun Gazing o olho se nutre de VITAMINA A, que lhe é tão necessária. Já se sabe que há pessoas que são operadas dos olhos por laser para corrigir a visão. Com o Sun Gazing você estará fazendo um tratamento laser natural. No ano passado, em Atlanta, quarenta pessoas olharam o Sol como um desafio ao ponto de vista de que fazê-lo é prejudicial. Fizeram-se testes oculares, e deram a conhecer os resultados num jornal local. Como consequência deste tipo de experiências, muitos oculistas estão mudando de opinião a respeito do Sol; os de mente mais aberta começam a recomendá-lo. O Sun Gazing é benéfico em caso de cataratas, miopia, astigmatismo, daltonismo ou visão dupla (patologias que não impliquem lesão do olho).
R– Poderia acontecer que o meu olho se lesionasse?
HRM– Não se conhece nem um único caso de lesão atuando sob o meu método. Nem um único! São grupos praticando em muitos países do mundo. Quantas horas passamos diante da televisão ou do computador? O televisor e o computador são muito bem mais perigosos para a vista do que olhar o Sol nas horas seguras. No princípio de olhar o Sol pode acontecer que o olho lacrimeje um pouco, que apareça um pouco de conjuntivite.  É algo normal; você pode pôr um simples colírio no olho para resolver.

DOENTES QUE DEVEM REALIZAR UMA PRÁTICA PRELIMINAR ANTES DE FIXAR O OLHAR NO SOL:
•    Hipertensos e diabéticos com micro-hemorragias retinianas.
•    Doenças dos olhos que apresentem inflamação, hiperemia conjuntival como o caso das conjuntivites, hemorragia subconjuntival ou afecções da retina que possam provocar sangramentos fáceis.
•    Doenças gerais que na sua evolução apresentam diátese hemorrágica (tendência a produzir fenômenos de tromboses e hemorragias ao mesmo tempo), como são o caso de certos tipos de tumores, entre os quais as leucemias.
•    Doenças do sangue que por apresentar alteração de alguns dos fatores da coagulação, tenham tendência ao sangramento fácil, como a hemofilia.
*A prática preliminar consistirá em encarar o Sol a cada dia, durante dez minutos com os olhos fechados, durante dois meses e nas horas seguras. Após os 2 meses, continuar praticando o exercício quando o Sol esteja mais próximo do horizonte, que é quando não aquece e a sua luz é menos intensa, ou seja, quando está nascendo e quando se aproxima do ocaso.
SEMPRE QUE NÃO TENHA A CERTEZA DE QUE OS SEUS OLHOS ESTÃO EM BOAS CONDIÇÕES, VÁ AO OFTALMOLOGISTA E FAÇA A PRÁTICA PRELIMINAR.

R– A técnica é tão simples como parece? Trata-se apenas de olhar o Sol durante essa quantidade de segundos, acrescentando dez a cada dia?
HRM– Exatamente.
R– Exige alguma atitude especial?
HRM– Você simplesmente coloca-se em atitude de respeito diante do Sol, com o olhar descontraído, calmo, de preferência em pé e descalço, ainda que também possa estar sentado numa cadeira, ou até na cama, olhando através de uma janela. Neste caso a janela até pode estar fechada: é possível olhar o Sol através do vidro, sempre que este não seja colorido e esteja limpo; é um bom recurso para os doentes. Nada mais. Você pode piscar com normalidade; de outro modo o olho se secará e sofrerá. Se o olho lacrimeja um pouco, não deve preocupar-se; está se limparndo.
Quando termina com os seus segundos de prática, feche os olhos durante uns minutos, observando a imagem do Sol projetada sobre o fundo escuro, descontraidamente.
R– Que atitude devemos ter para com esta luz que vemos projetada sobre a pálpebra, depois da prática da visão?
HRM– Se você usufrui dela, se se diverte com ela, isso permitirá melhorar a visão ocular e fortalecerá a glândula pineal.

Antes se acreditava que os neurônios não se podiam se regenerar, mas o resultado de centenas de análises aplicadas a pessoas que olham o Sol, obrigou à revisão destas conclusões. Com o Sun Gazing os neurônios se multiplicam, se fortalecem, se regeneram.

R– Haverá dias nublados ou dias que, por qualquer motivo, não poderemos praticar o exercício…
HRM– Isto não deve preocupá-lo. Alguns dias falhará você,  em outros dias falhará o Sol. Se está algum dia sem o fazer, retome-o no dia seguinte do ponto onde o deixou. Não há problema.
R– É indiferente praticar de manhã ou à tarde?
HRM– Completamente. Inclusive se podem complementar os tempos. Por exemplo, imagine que nesse dia lhe correspondem cinco minutos de prática. Pode decidir fazer alguns dos ditos minutos de manhã e o resto à tarde. E durante uma mesma sessão de prática, se entender conveniente fechar os olhos por um momento e em seguida retomar, tampouco há problema. Unicamente atente que, ao finalizar o dia, você tenha somado os 300 segundos que corresponderiam aos cinco minutos deste exemplo.
R– Posso usar óculos de sol?
HRM– Os óculos de sol evitam que entrem os fótons e provocam insônia Quanto menos se usem, melhor. Existem uns óculos que consistem numa tela negra com pontinhos, através dos quais se pode ver. Vendem-se em algumas lojas de produtos dietéticos/naturais. Se sente que o halo do Sol o prejudica, pode usá-los. De qualquer maneira, use-os nas horas seguras.
R– O Sun Gazing é recomendável também para as crianças?
HRM– Se têm até 14 ou 15 anos, pode-se explicar-lhes os benefícios do Sun Gazing, mas não forçá-los a praticá-lo. Se o praticarem, terá que controlar para que não olhem o Sol por demasiado tempo. Em qualquer caso, que não olhem mais de 5 minutos.
R– É útil para os cegos?
HRM– Irão recebendo os benefícios, mas muito lentamente.

CURAR A MENTE
Hira Ratan Manek estruturou perfeitamente o seu seminário em três partes. Depois de ter dedicado a primeira delas a generalidades e a falar do olho, na segunda parte aborda o tema da saúde. Começa por falar-nos da conveniência de uma correta saúde mental:

HRM– Hoje em dia todas as pessoas têm algum tipo de desordem mental. E sem saúde mental individual não vamos ter paz mundial.
Não temos um pensamento positivo, nem uma mente equilibrada. Temos negatividade, vícios e muitos outros tipos de problemas. O clima tem um efeito sobre isso. Nos climas frios, muita gente se desequilibra no inverno, e há muitos suicídios. Se essas mesmas pessoas estivessem em climas cálidos ou temperados não teriam, de modo algum, as mesmas tendências depressivas. Inclusive nos climas temperados o tempo nublado afeta negativamente a nossa estrutura mental.
Está provado que a luz solar é a solução perfeita para a saúde mental. Quando vocês estiverem três meses olhando o Sol começarão a gozar de uma saúde mental praticamente perfeita. Isso é assim por dois motivos: primeiro, porque o olho é uma extensão de nosso cérebro, de modo que o que absorva o nosso olho chegará diretamente ao cérebro. Segundo, porque o Sol é sempre positivo. A função do Sol é purificar o mundo; por isso tem um efeito bactericida. Aplicado à mente, não poderá fazer outra coisa senão limpar a negatividade dos pensamentos. Isso repercutirá no fim dos conflitos com outras pessoas, no fim dos medos. Os defeitos psicológicos de ciúmes, cobiça, hostilidade, etc., desaparecerão. No seu lugar afluirão o amor, a compaixão, a equanimidade. Todas as virtudes serão desenvolvidas. E somente quando estamos livres de defeitos merecemos ser chamados de seres humanos. Então podemos contribuir de um modo efetivo à paz mundial.
Quando chegarem aos 15 minutos de visão, depois de três meses de prática, podem dar por finalizado o seu processo, se não quiserem ir mais além. Basta uma manutenção, que consiste em olhar o Sol durante cinco minutos por dia, ou então caminhar descalços sobre terra morna e seca durante 45 minutos diários. Assim, manter-se-ão livres dos problemas mentais. Poderão enfrentar todos os seus problemas e encontrar soluções para os mesmos.

R– O que acontece se, primeiramente, uma pessoa começa a praticar o Sun Gazing com dúvidas ou receios?
HRM– Se você não acolhe dúvidas o processo vai desenvolver-se de acordo com os tempos previstos; se você sente insegurança ou falta de fé no processo, este igualmente terá lugar, mas levará um pouco mais de tempo. Não vamos subestimar, de qualquer modo, a importância da mente.
Para que o Sun Gazing se difunda como prática curadora para nós de maneira ótima, primeiro a mente tem que o aceitar. É fácil: uma pessoa saber quais os benefícios que vai obter, e decide olhar. Se a mente aceita, o corpo se adapta. Há pessoas que a partir deste princípio tão simples são capazes de resultados, aparentemente, extraordinários: mastigam navalhas de barbear, engolem serpentes… Em circunstâncias normais, o corpo sairia danificado com estas práticas, mas essas pessoas saem ilesas.
R– Você falou do efeito do Sol referindo-se aos defeitos e às virtudes; mas, fisicamente beneficia o nosso cérebro?
HRM– Relativamente ao cérebro, trata-se de energizá-lo. Os neurônios cerebrais degeneram-se e têm que voltar a um estado normal. Antes acreditava-se que os neurônios não podiam regenerar-se, mas o resultado de centenas de análises aplicadas a pessoas que olham o Sol, obrigou à revisão destas conclusões. Efetivamente, com o Sun Gazing os neurônios multiplicam-se, fortalecem-se, regeneram-se. O software do cérebro começa a ativar-se, e é assim como a mente consegue um equilíbrio perfeito. É bem sabido que usamos uma escassa percentagem do nosso cérebro. Com o Sun Gazing iremos ativá-lo.
R– Doenças mentais como a esquizofrenia podem ser curadas com o Sun Gazing?
HRM– Com certeza. A esquizofrenia é falta de luz.
 
OBTER A SAÚDE
HRM– Os nossos corpos são corpos solares; emitem luz. Recebemos a luz acidentalmente, pelo único fato de vivermos, mas se a recebemos com intenção reforçaremos o nosso corpo de luz. A sua aura vai se expandir; e quanto mais poderosa seja a sua aura, mais poder terá para curar os outros. Quem tem energia suficiente é são, e a sua vida será mais longa. Além disso, ao tomar a energia do Sol, uma pessoa se carrega; nunca pode sobrecarregar-se: o excedente de energia passará a encorpar a sua aura. Se deseja que o processo de cura seja mais rápido, tente visualizar que a luz vai ao órgão afetado pela doença.
Praticando o Sun Gazing do terceiro ao sexto mês, seguindo como sempre com a progressão de dez segundos diários, no final do sexto mês você estará olhando o Sol durante 30 minutos e os seus problemas físicos terão desaparecido. Aí pode, se desejar, dar por terminado o seu processo e seguir uma manutenção, que consistirá em olhar o Sol durante 10 minutos por dia ou caminhar descalço sobre a terra morna durante 45 minutos diários.

R– Por que é importante chegar a um bom equilíbrio mental antes de aspirar a curar o nosso corpo?
HRM– Porque todo o nosso corpo se encontra contido na nossa mente. Por conseguinte, primeiro trata-se de que a mente esteja bem. Desta maneira, estamos indo à causa dos problemas.
A doença é medo. Acontece que não temos fé em Deus. Não nos rendemos a Deus, e por isso surge o medo. Se a luz entra no cérebro, os medos desaparecem. Inclusive o medo à morte se desvanece. Quem se torna forte interiormente, já não tem medo de adoecer ou morrer: ao contrário, quem tem medo dele é a doença.
R– O Sun Gazing é eficaz contra a insônia?
HRM– Sem dúvida alguma. 25% dos medicamentos estão destinados a facilitar o sono. A melatonina é a substância que está relacionada com o bom dormir. A glândula pineal, que está justamente no centro do cérebro, sob a coroa, segrega melatonina durante a noite, se antecipadamente tomou serotonina durante o dia. E pode carregar-se com serotonina por meio da exposição à luz solar suave, através do Sun Gazing.
R– Que doenças podem ser curadas?
HRM– Muitas: artrite, osteoporose, câncer, aids…
R– Disse câncer e aids?
HRM– A aids guarda relação com a perda de luz do corpo, especialmente do rosto. O Sun Gazing ajuda também a curar o câncer; é útil contra qualquer tumor. Se você tem um tumor e ainda tem tempo, o Sun Gazing o irá desfazer. No entanto, se o seu caso é urgente, recomendo-lhe que se submeta a uma operação cirúrgica.
R– Se decido seguir um tratamento de quimioterapia, o Sun Gazing é compatível?
HRM– Sim.Com o Sun Gazing, pouco a pouco, vão conseguindo um estado de meditação natural ao longo do dia. Esta meditação integra-se de maneira natural com as suas atividades quotidianas.
R– O Sun Gazing é também eficaz no caso de câncer linfático?
HRM– Se o detecta a tempo, com paciência tem solução. No caso de problemas físicos acentuados tente tomar banhos de sol, sem roupa ou com pouca roupa, durante 30 ou 45 minutos diários. Usufrua do calor do sol, evitando as horas mais fortes de radiação solar. Desta maneira a insulina se equilibra (adeus diabetes) e as células cancerígenas rejuvenescem. Os banhos de sol constituem a quimioterapia natural. Como bem sabemos, a quimioterapia médica é muito problemática; inclusivamente quando funciona, os neurônios costumam ser afetados. Com os banhos de sol o corpo se carrega de vitamina D, a qual é muito benéfica também em caso de artrite, artrose, reumatismo, osteoporose, etc. Para os problemas de pele é importante sentir o calor do sol.
R– No entanto, suponho que devemos ir com cuidado, pois poderíamos gerar um câncer de pele…
HRM– O sol não é prejudicial, sempre que não se façam asneiras. O câncer de pele se vê favorecido com todas essas cremes (ou loções) cheios de químicos os quais, por transpiração, entram dentro da pele, podendo provocar um grande prejuízo. Se você não se expuser a um índice de ultravioleta superior ao recomendado, não tem nada que temer. Nas horas seguras que mencionamos, o índice de ultravioleta não vai ser superior a dois. Até chegar a 5 o Sol não vai realmente causar-lhe um prejuízo. A partir de 5, sim, é prejudicial. Evite estender-se ao sol nas horas fortes do verão. Use o senso comum.


O resto da tarde decorre com uma sucessão de exemplos, nos quais o Sun Gazing se mostrou efetivo: Asma, Bulimia, Anorexia, Leucemia, etc. É recomendável ler um par de livros:
"Luz: A Medicina do Futuro", de Jacob Lieberman" e The Healing Sun", de Richard Hobday.


HRM- Atualmente, muita gente que se guia pelo meu método está sendo observada; gente que está começando a viver da luz solar.
R- Como é possível isto? 
HRM- Aos seis meses de prática, que coincide com estar olhando o Sol durante 30 minutos, todas as células do corpo começam a armazenar energia do Sol. Convertem-se em células fotovoltaicas; são como um painel solar. Para além dos seis meses, a energia do Sol é muito bem recebida pelas células, que estão capacitadas para armazená-la, com o que a fome diminui. De fato, sentimos fome porque o corpo precisa de energia; não porque necessite, especificamente de comida.
Geralmente, tomamos energia ingerindo comida, a qual pôde desenvolver-se graças ao Sol. Agora tomamos a energia do lugar primário: o próprio Sol. Cada dia o corpo se sacia desta energia e uma pessoa cada vez depende menos da comida física, inclusive mesmo se realiza um trabalho corporal pesado.
Decorridos nove meses chega aos 45 minutos olhando o Sol. Então, a fome pode desaparecer para sempre. Aí finaliza a prática.
Os cientistas do espaço estão interessados neste processo, pois querem capacitar os astronautas a realizarem longas viagens espaciais. Estão pesquisando formas de micro-comida, e o Sun Gazing entra dentro das suas possibilidades.
Paradoxalmente, o Sun Gazing tem um problema: é uma prática gratuita. Os investigadores ainda não querem expor à luz pública as suas conclusões, porque ninguém quer práticas gratuitas; não interessa. É como com os automóveis: poderiam funcionar perfeitamente com a energia do Sol, mas os interesses do petróleo vão impedir.
Conheço uma comunidade de pessoas em Moscou que vivem somente da energia solar; são centenas de pessoas. Entre elas há mulheres que ficam grávidas e que produzem leite, duma maneira normal. Faz tempo que este grupo se deu a conhecer no maior jornal da União Soviética, o Pravda. Infelizmente, como suscitaram piadas não revelaram o segredo que estava por detrás do seu sucesso. Este segredo é algo muito comum entre as pessoas e os grupos que conseguem este resultado.
Paramahansa Yogananda conta-nos na "Auto-biografia de um Yogui Contemporâneo", que entre 1900 e 1920 conheceu muitas pessoas que viviam da luz solar, as quais não queriam revelar o segredo, porque o mundo não estava preparado para conhecer esta prática divina. Pois bem: agora o mundo já está preparado, e além disso está ansioso por conhecê-la.
Creio que é o momento oportuno para dar a conhecer o Sun Gazing: a comida está encarecendo, as comodidades estão sendo limitadas… Seremos obrigados a comer menos.
Conhecem a técnica de Jasmuheen?, essa famosa mulher australiana que escreveu livros sobre viver de  luz, sem comer. Ela propunha um programa de jejum de 21 dias, a base de consumir água e sumos. Pois bem, Jasmuheen veio ver-me quando jejuei no ano 2001 e decidiu aceitar o meu programa, por ser mais fácil e suave do que o seu.
R– Como se chega à conclusão de que já não se precisa comer mais?
HRM– Uma pessoa sente se tem ou não apetite. Ora bem, se alguém come mais do que pela fome que tem, este mecanismo pode falhar. Também pode sofrer pressões do meio familiar ou social para que coma. Sem dúvida, a família quererá forçá-la a comer. Há que chegar a um acordo com a família e os amigos, para que a deixem fazer. Se depois de uma temporada sem comer, quer voltar a comer, poderá fazê-lo lentamente. Além disso, às vezes, por motivos sociais, é conveniente comer um pouquinho.
R– Pode-se prescindir também de beber?
HRM– O nosso corpo é água em 80%. O que comemos contém mais de 50% de água. Nenhuma outra coisa é tão necessária para o organismo. Eu bebo água e, quando me oferecem, consumo também chá ou sumos de frutas. De qualquer modo, é verdade que está documentada, que há casos de pessoas que viveram sem sequer beber água.
A ingestão de água energizada, ativada pelo sol, constitui um aspecto interessante, que pode ser aplicado desde o princípio, por ser muito benéfico: num recipiente de vidro, redondo, baixo, com tampa também de vidro, não ponha mais de dois litros de água e mantenha-o todo o dia ao sol. Depois disto, retire-o do sol e resguarde a água à sombra para que se refresque por si mesma, mas nunca na geladeira. Esta água conserva-se energizada durante 24 horas e tem um efeito mais potente e, garantidamente, bem mais saudável do que qualquer bebida energética que encontre no supermercado. Recomendo pôr esta água num pote de barro natural, onde se conservará salutar e fresca, e ir consumindo dentro das 24 horas. Não colocar nunca num pote que contenha metais pesados. E se tem dúvidas sobre a sua salubridade, ferva-a e deixe-a esfriar, antes de expô-la ao sol.
R– O Sun Gazing deve ser um bom recurso contra a obesidade…
HRM– Muita gente está consumindo um excesso de calorias. Segundo a ciência, as calorias excessivas favorecem o Alzheimer e o Parkinson. Quanto menos calorias se consuma, melhor será o nosso funcionamento mental. Bem, não passem diretamente de olhar durante 45 minutos a 15 no dia seguinte; dediquem 30 dias à adaptação, reduzindo a cada dia um minuto de visão, até chegar a 15. Depois deste ano, poderão seguir uma manutenção mais suave, aplicando algumas destas técnicas, dois ou três de dias por semana. Por exemplo, o simples fato de andar com os braços ao Sol já lhes será de utilidade de maneira a recarregar-se. Quem não possa fazer nenhuma destas práticas de manutenção durante muitos dias, volte a comer quando seja necessário.
A prática de andar descalço resulta particularmente interessante porque exerce um efeito ativante sobre umas glândulas muito importantes que estão localizadas na zona do cérebro. Depois de 9 meses olhando o Sol, quando você pratica 15 minutos de visão para recarregar, ou quando caminha descalço, as suas glândulas endócrinas do cérebro (temos cinco) recarregam, fortalecem-se, e o seu cérebro abre-se mais e mais. Uma destas glândulas é a glândula pineal, conhecida também como O Terceiro Olho, considerada a base da alma e está ligada ao dedo grande do pé. A glândula pituitária corresponde ao chakra Ajna, que governa o cérebro e tem ligação com o segundo dedo do pé. A terceira glândula é o hipotálamo, que tem que ver com a manifestação da fome; se você se carrega energeticamente com o Sol, poderá comer muito menos e, apesar disso, ter a mesma energia. A quarta é o tálamo; todas as nossas emoções emergem daí. E todas as nossas emoções são de natureza tóxica. Mas, com o contato com a Mãe Terra, ao andar descalços, de uma maneira natural se tornam não tóxicas; se convertem em boas qualidades, em qualidades divinas. A última glândula, logo por detrás dos dois olhos, é a amígdala. Graças a esta os diferentes raios de luz que entram através dos nossos olhos, convertem-se em raios unificados e se transformam num néctar, num elixir de vida.
Ao caminhar descalço durante 45 minutos por dia, o peso corporal estimula e fortalece estas glândulas através dos 5 dedos dos pés. Isto também ajuda a energizar o cérebro e os neurônios. O efeito é reforçado pela terra, pelo calor, pela energia e o pelo prana, ao tomar o sol na cabeça, o que estimula diretamente o chakra da coroa. Todas estas glândulas criam um campo magnético e o corpo/cérebro se recarrega com a energia do sol que penetra em você. Essa é a razão pela qual nos tempos antigos, os yoguis e xamãs sempre andavam descalços.
Estamos perdendo os poderes da Mãe Terra, que é considerada a Mãe em todas as culturas. A Mãe Terra nos sente. O contato com ela, ao andar descalço, quando está cálida (não a ponto de queimar, obviamente) é importante para a saúde. Somente quando a terra o abençoa, o céu o abençoa.
A obesidade prolifera, e não existem métodos efetivos contra ela. Sabemos que em Hollywood modelos que querem emagrecer por meio de programas dietéticos, chegaram à bulimia e à anorexia. A obesidade tem a sua origem num desequilíbrio emocional, provocado pelos problemas familiares, as dificuldades na relação de casal, os divórcios, a desorientação que padecem as crianças fruto da desorientação dos seus pais… Comer de maneira desordenada é um modo de combater a ansiedade. Quando uma pessoa está emocionalmente equilibrada, não come mais do que o necessário. O Sun Gazing é, naturalmente, um bom remédio para a obesidade.
R– Isto de tomar energia dos fótons está bem, mas o nosso corpo precisa de uma grande variedade de componentes químicos: precisamos de proteínas, aminoácidos, etc. Como produzir estes componentes, se não comemos?
HRM– Não tratem de comparar a velha ciência com a nova. Todos estes componentes vêm da energia e podem ser extraídos do Sol. Há que dar oportunidade àquilo que se está  comprovando que está funcionando. A ciência nova deve ser avaliada pelos resultados.
R– O que acontece quando chegamos ao final do processo, depois dos nove meses?
HRM– As suas células estarão aptas a absorver diretamente a energia do Sol. O seu corpo será transformado num painel solar. Depois dos nove meses só precisarão seguir uma manutenção, e será o seguinte: durante um ano, deverão olhar diariamente o Sol durante quinze minutos ou andar descalços, descalças sobre terra seca, morna, durante 45 minutos diários.
Andar sobre a erva é bom se você se sente com negatividade, porque será absorvida. Mas se você se sente com energia, esta também será absorvida. De maneira que há que evitar andar sobre a erva para fazer esta manutenção.
R– Em todo este processo, a respiração desempenha algum papel?
HRM– Geralmente comemos muito e também respiramos muito; quinze vezes por minuto. Desta maneira consumimos muita energia. O autêntico pranayama (respiração yoga) dá lugar a cada vez menos respirações por minuto. Com o Sun Gazing a respiração se acalma.
R– Vimos pessoas na Índia com a cabeça enterrada sob o solo; não respiram. O Sun Gazing pode-nos levar a este tipo de resultados em relação à respiração?
HRM– Sim, há pessoas que fazem isto que você diz; inclusive há pessoas que podem ficar alguns dias com o pulso sanguíneo suspenso. Com o Sun Gazing você pratica o verdadeiro pranayama e pode controlar a sua respiração. Tudo é possível quando uma pessoa funciona com a energia incorporada diretamente do Sol.
R– Pode explicar-nos mais sobre a glândula pineal?
HRM– Com o Sun Gazing a glândula pineal fortalece-se, e as suas terminações se separam. Em geral, à medida que a pessoa envelhece os dois extremos da glândula pineal se vão aproximando; quando chegam a tocar-se, a pessoa morre. Com o Sun Gazing se separam em vez de aproximarem-se, o que faz com que o processo de envelhecimento se torne mais lento.
R– Quais as capacidades psíquicas que se podem desenvolver com o Sun Gazing?
HRM– Quase todas. Mas não me agrada colocar a ênfase aí, pois podemos perder de vista o objetivo fundamental, que é a saúde integral.
R– Muitas práticas prometeram-nos o despertar dos nossos poderes, mas poucos tivemos a experiência deste despertar…
HRM– Se anteriormente ao seu desenvolvimento espiritual, não tinha saúde na sua mente e no seu corpo então estava bloqueado, é preciso iniciar o processo de desbloqueamento. Recomendo integrar o Sun Gazing a qualquer prática.
É bem sabido que hoje em dia vivemos desligados da natureza e dos elementos. As primeiras coisa que devemos fazer são reconciliar-nos com a natureza da qual fazemos parte. Ao andar sobre a terra, nos religamos com a terra, ao beber água energizada pelo sol nos religamos com a água, ao olhar o Sol e ao estar sob o sol, nos reconciliamos com o Sol.
R– Por quais estímulos a pessoa que já não precisa comer se orienta?
HRM– Sem estar condicionado pelo estímulo da comida você será mais feliz. A mente humana está limitada pelo que conheceu até o momento presente. Mas quando ultrapassamos estes limites, encontramo-nos com novas fontes de felicidade. A felicidade derivada de não comer é superior à felicidade resultante de comer.
Quais são os meus estímulos? A minha missão é difundir esta mensagem por todo o mundo, e a isso dedico todo o meu tempo: falo com as pessoas, dou conferências, respondo a todos os email que me chegam, viajo…
R– O ano 2012 aproxima-se e prevêem-se grandes mudanças, inclusive em relação ao comportamento do Sol. O que nos pode dizer a esse respeito?
HRM– A informação científica que nos oferecem é contraditória: por um lado, dizem-nos que o Sol ganha força e que a Terra está aquecendo. Por outro, estão a dizer-nos que o Sol perde força e que a Terra está a esfriar. O único cálculo fiável que nos deve preocupar é o índice ultravioleta, que para realizar a prática, convém que esteja abaixo de 2 graus.
No que diz respeito ao ano 2012 concretamente, muita gente tem medo. Aquele que, por meio do Sun Gazing vá incorporando os fótons do Sol, estará a salvo e sem problemas. Garante o presente e o futuro. Atinge uma independência real, a liberdade individual.


Nota da Redação (para detalhistas, alarmistas,  céticos e críticos de plantão):
Em nossas pesquisas junto a 2 cientistas de física atmosférica eles afirmam que:

  • é o ozônio que impede a ação dos raios ultravioleta sobre a vida orgânica na Terra.
  • espessura média da camada = 2 mm.! (considerando se fosse só ozônio puro).
  • dispersão média dessa camada = 20 kms.
  • ela ocupa em média o trecho de 10 a 30 km acima do solo.
  • ao nascer (ou se por) o Sol, a sua luz quase paralela à camada de ozônio, cruza um trecho "maior" dela, quando o ozônio elimina mais a  radiação UV.
  • ao meio dia a luz, perpendicular, cruza os 20 kms.
Então fizemos com o Piero, grande calculista, a tabela "horário após o sol nascer X tamanho da camada atravessada", que explica tudo:


Horas seguras
Arco do Sol em relação ao horizonte
Horas após o sol nascer
Kms de ozônio percorridos pela luz
Média de “camadas de ozônio"  percorridas
P/ olhar
-
254 km
12,5 cam.
"
7,5°
1/2 hora
130
6,5
"
15°
1 hora
73
3,5
p/ pele
30°
2 hs
39
2
NÃO
45°
3
28
1,4
NÃO
60°
4
23
1,2
NÃO
75°
5
21
1
NÃO
90°
6
20
1
  • Até 1 hora depois do nascer do sol, (ou a partir de 1 hora antes de ele se por) a luz atravessa o equivalente entre 12,5 a 3,5 camadas médias de Ozônio para atingir a Terra (ideal para olhar o Sol). É isso que torna o índice de UV (ultra violeta) menor que 2
  • Da mesma forma, até 2 horas depois, atravessa entre 12,5 a 2 camadas (ideal para banho de sol, até a 2ª hora).
Veja este depoimento do jornalista Ruy Castro sobre Alzheimer e o Sol