Newton continuou no mesmo conceito como se o tempo fosse uma sucessão marcada pelos movimentos de algo no espaço, que serviam de referência ao fluxo do passar o tempo.
Einstein então lançou a Teoria da Relatividade e não deixou pedra sobre pedra sobre tudo o que se sabia sobre o assunto: ligou tempo com espaço falando em espaço-tempo como uma coisa só. E o pior, dizendo que o tempo é flexível, e relativo conforme a velocidade do movimento do objeto e não absoluto como pensávamos. E também que o tempo não é um fluxo como pensávamos, mas que passado, presente e futuro convivem em alguma dimensão. Um espanto.
A velocidade da luz que parecia ser um limite no Universo, já foi contestada por novos cientistas e teorias.
Mas não acabou aí. Hoje na Física Quântica já se fala em outras possibilidades que mais parecem fantasias científicas: horizonte de eventos, teoria das cordas, universos paralelos, viagens no tempo, etc. E nós pobres mortais assistimos isso boquiabertos, com a impressão de que tudo caminha para um grande evento que vai mudar tudo.
O vídeo abaixo dá uma visão dessas mudanças de conceito na história da humanidade recente:
Os mais observadores percebem que esse movimento de novas teorias e descobertas tem um aspecto muito novo e agregador, que une tribos que eram antes diametralmente opostas, inconciliáveis. São os cientistas e os metafísicos, que hoje estão caminhando mais próximos.
Nesse aspecto do tempo, as visões das tradições antigas do planeta que falam no conceito do Agora, (não como um sinônimo do tempo presente entre o passado e o futuro, mas como um corte atemporal do fluxo, um Eterno Agora) estão parecendo próximas e familiares aos cientistas de ponta. O Agora acena com uma nova forma de “estar no mundo” fora dos tentáculos emocionais e mentais do passado e do futuro, em contato com o Ser, o Não Manifestado, “O Que É”.
Mas isso não é o principal, porque as tradições pouco ligam para a ciência. O ponto é que na medida em que elas ensinam a prática de como viver no Agora, o ser humano se concilia consigo mesmo, com o próximo, o planeta e o Universo. Descobre o que é essa coisa que ele chama erroneamente de felicidade, de saúde, de Deus, de compaixão, de Amor. Então o tempo como coisa do domínio da mente parece inadequado.
No seu livro “Praticando o Poder do Agora”, Eckhart Tolle fala da mente pensante, escrava do passado e futuro, e do Tempo sem a mente, o Agora, que curiosamente está fora do tempo como se fosse um corte transversal dele. Um eterno Agora, atemporal... Estranho, não?
Mas vamos lá:
“A mente procura sempre negar e escapar do Agora. Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente.
Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, se não quer acrescentar mais nada ao resíduo do sofrimento do passado que ainda vive em você, não crie mais tempo, ou pelo menos, não mais do que o necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo?
Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo o que você tem. Faça do Agora o foco principal da sua vida.
Se antes você se fixava no tempo e fazia rápidas visitas ao Agora, inverta essa lógica, fixando-se no Agora e fazendo visitas rápidas ao passado e ao futuro quando precisar lidar com os aspectos práticos da sua vida. Diga sempre “sim” ao momento atual.
A chave do segredo está em acabar com a ilusão do tempo. O tempo e a mente são inseparáveis. Tire o tempo da mente e ele para, ao menos que você escolha utilizá-lo.
Estar identificado com a mente é estar preso ao tempo. É a a compulsão para vivermos quase exclusivamente através da memória ou da antecipação. Isso cria uma preocupação infinita com o passado e o futuro, e uma relutância em respeitar o momento presente e permitir que ele aconteça. Temos essa compulsão porque o passado nos dá uma identidade, e o futuro contém uma promessa de salvação e realização. Ambos são ilusões.
Quanto mais nos concentramos no tempo, no passado e no futuro, mais perdemos o Agora, a coisa mais importante que existe.
Por que o Agora é a coisa mais importante que existe?
- Primeiro porque é a única coisa. É tudo o que existe. O eterno presente é o espaço dentro do qual se desenvolve toda a nossa vida, o único fator que permanece constante. A vida é agora. Nunca houve uma época emque a nossa vida não fosse agora, nem haverá.
- Em segundo lugar, o Agora é o único ponto que pode nos conduzir para além das fronteiras limitadas da mente. É o nosso único acesso para a área atemporal e sem forma do ser.
Você alguma vez vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma coisa fora do Agora? Acha que conseguirá algum dia? É possível alguma coisa acontecer ou ser fora do agora? A resposta é óbvia, não é mesmo?
Nada jamais aconteceu no passado. Aconteceu no Agora. Nada jamais acontecerá no futuro, acontecerá no Agora.
A essência dessas afirmações não pode ser compreendida pela mente. No momento em que captamos a essência, ocorre uma mudança na consciência, que passa a desviar o foco da mente para o Ser, do tempo para a Presença. De repente tudo parece vivo, irradia energia, emana do Ser.”
ótimo!
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