sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Quase morri. Voltei. Entendi... (6, de 10)

A Dança Cósmica da Vida (*)
 “Enquanto eu retornava para o ciclo da vida, não passou pela minha mente, e ninguém me disse que eu retornaria para o mesmo corpo; também não importava; aprendera a ter confiança na Luz e no processo da vida. E quando o Rio se fundiu com a grande Luz, pedi para jamais esquecer as revelações e as sensações de tudo aquilo que eu havia aprendido no outro lado. Ouvi um ‘Sim’. Foi como beijo na minha alma”.
 
(*) NB: A dança de Shiva Nataraja, contém impressionte simbologia: “Em seus cabelos há um crânio e a lua nova, morte e renascimento… o momento do vir a ser. Na mão esquerda tem um pequeno tambor; o tambor do tempo que exclui o conhecimento da eternidade. Estamos fechados no tempo. Mas, na outra mão, uma chama queima o véu do tempo e abre nossas mentes para a eternidade”. (‘O Poder do Mito’ - Joseph Campbell). O gesto da mão direita erguida e espalmada, afirma: ‘NÃO TEMAS’ – aconteça o que acontecer”; a mão esquerda aponta a perna erguida, indicando que o auxílio divino está sempre presente na ‘longuíssima via’, para os que caminham na senda espiritual. Tem o mesmo significado da sentença cristã: ‘O Amor de Deus, jamais nos abandona’.

Retornando à Realidade Física
“Fui então conduzido de volta pela Luz a esta realidade vibratória. O processo todo se reverteu, com mais informação sendo passada para mim. Voltei para casa, e estava tendo lições sobre os mecanismos da reencarnação, obtendo mais respostas para todas as pequenas perguntas que ainda tinha: “Como isto funciona? Como aquilo funciona?” – Sabia que reencarnaria; a Terra é um grande processador de energia e a consciência individual aqui se desenvolve a partir do interior de cada um.
Pensei em mim como ser humano pela primeira vez, e feliz por sê-lo. Depois de tudo o que eu vira, ficaria feliz em ser apenas um átomo no Universo; um átomo! Imagine ser a parte humana de Deus… Essa é a bênção mais fantástica, muito além da expectativa de qualquer outra bênção. Ser a parte humana dessa experiência é algo grandioso, magnífico. Cada um de nós, independente de onde e como estivermos, com ou sem problemas, cada um é uma benção para o planeta, onde quer que estejamos.
Passei então pelo processo de reencarnação, esperando ser um bebê em algum lugar. Mas continuava recebendo ensinos sobre a identidade individual e como a consciência se desenvolve. Reencarnei de volta ao mesmo corpo; e quando abri os olhos fiquei muito surpreso, não sei por que, pois já entendera isso. Surpreendi-me, por estar de volta ao meu quarto,no mesmo corpo, e com alguém se debulhando em lágrimas acima de mim. Era minha enfermeira; ela havia desistido hora e meia após me encontrar morto. Teve certeza disto porque todos os sinais da morte lá estavam – o corpo até já estava ficando enrijecido…
Não sabemos há quanto tempo já estava morto; mas sabemos que se passou hora e meia desde que ela me encontrara morto; e respeitara meu desejo de deixar o corpo recém falecido a sós por algumas horas, o máximo que pudesse. Tínhamos um estetoscópio amplificado e outras maneiras de checar as funções vitais e acompanhar o que acontecia, e verificou que estava mesmo morto. Mas não foi uma experiência comum de quase morte, pois experienciei a morte no mínimo por hora e meia.
Mais tarde, acordei e vi luz do lado de fora. Tentei levantar para ir até lá, mas caí da cama; a enfermeira ouviu barulho no quarto, correu e me viu no chão. Quando me recuperei, fiquei muito surpreso e atônito sobre o que havia acontecido comigo. No começo a lembrança da viagem que fizera não estava lá; eu continuava escorregando para fora deste mundo, e ficava me perguntando: “Será que estou vivo?” Este mundo me parecia mais um sonho do que o de lá.
Em três dias comecei a me sentir normal, com mais clareza e como jamais me sentira antes. A lembrança da viagem voltou pouco depois. Mas não conseguia ver mais nada de errado com os seres humanos, como eu via anteriormente. Antes disso tudo, costumava julgar muito; achava as pessoas muito problemáticas; na verdade, todos eram problemáticos, menos eu. Mas me curei também de tudo isso.
Passado cerca de três meses, um amigo me falou que deveria fazer exames, e assim o fiz. Estava me sentindo muito bem, mas receava ter más notícias. Na Clínica, lembro do médico olhando os exames de antes e de depois, dizendo: “Bem, você não tem nada”. Eu disse: “Verdade? Isso é um milagre?” E ele: “Não, estas coisas acontecem; são chamadas de remissões espontâneas”. Ele não se impressionara. Mas para mim foi um milagre, e eu me impressionei, mesmo que ninguém mais o fizesse”.

ATENÇÃO!: Você leu o capítulo 6 do ciclo de 10 postagens (diárias) sobre a experiência de "Quase Morri. Voltei. Entendi..."! Recomendamos ler desde o início da série - Introdução -  para fazer sentido. Boa leitura! 
AMANHÃ: Capítulo 7 - "O Mistério da Vida" e 'Almas Gêmeas"

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