O que faz interiormente, ou exteriormente, um buscador da evolução ou mesmo uma pessoa comum quando percebe que o ser humano, em face do que está acontecendo à sua volta, apresenta um imobilismo que parece suicida?
Apesar de a espécie humana dar a impressão de ser a única
espécie com problemas de adaptação neste planeta, soa inicialmente estranho
falar sobre um imobilismo suicida do ser humano. Os mais afoitos acham que algo deve ser feito.
A lógica, e o próprio equipamento adaptável e inteligente
fornecido para os seres orgânicos sobreviverem no planeta, não corroboram essa
postura de cômodo imobilismo do homem, pelo menos não individualmente. Talvez
em grupo isso passe a ser verdade. Talvez. Mas há indícios de um descompasso
entre o que está sendo mal feito no planeta e as consequências desastrosas disso
para todos, sejam culpados ou não culpados. Aos partidários da
necessidade de ação, parece que a maioria continua dançando alegremente uma
valsa descompromissada, embalada pelos valores alienados desses nossos tempos,
e ingenuamente descrente da chegada das consequências. Eles dizem que pode até
não ser exatamente suicida, mas pelo menos lembra a impassividade dos animais
que estão na fila do matadouro.
Você percebe algo?
Há realmente uma estranha sensação de desconforto no ar,
turbinada pela mídia tresloucada e interessada nos índices de audiência, pelo catastrofismo
e pelas “teorias do complô”, que tem aumentado sensivelmente a intensidade com
o passar dos dias. Está ficando claro o fato de que a humanidade está sofrendo
da “síndrome do avestruz”, ignorando persistentemente os sinais de que algo
precisa ser feito, e comodamente metendo a cabeça no buraco. Há quem fale que
isso sempre foi assim e que o que mudou é somente a globalização da informação
que agora é transmitida em tempo real para qualquer confim do planeta, mas quem
já passou dos 60 sabe que há algo diferente entre a calma aparente dos anos 60
e o que acontece agora.
Na postagem anterior no documentário Kymática o autor diz “Pare
de culpar a tudo e a todos. Pare de temer a tirania global e desastres naturais
e preste atenção. O mundo está lhe dizendo algo, está lhe dizendo exatamente o
que está errado e como corrigir isso”.
Do outro lado, teorias não convencionais mas sérias afirmam
que a Terra é um ser vivo e de uma
inteligência infinitamente maior que a humana, que usa a vida orgânica como um
catalizador da evolução, e que “mesmo a
possível tentativa de destruição do planeta está nos desígnios dele mesmo”, ou
seja a Terra consegue eliminar a sujeira física, emocional e mental deste vírus
perigoso chamado Homem, ou ela tem que passar mesmo por essa catarse. Talvez
seja verdade, mas dá uma impressão irresponsável de que “podemos relaxar e
deixar o barco fluir, que no final dá tudo certo”. É o que está fazendo a
maioria, apesar de que muita gente já está se preparando, saindo dos litorais,
buscando regiões pacatas nas serras, aprendendo a plantar e colher, comendo uma
alimentação natural, e por aí adiante.
Outros ainda afirmam nessa mesma linha, que temos que passar
por isso, que é o preço da evolução da Consciência. Outros (veja Alex Collier,
Jesse Ventura etc.) ainda acham que a coisa vai desandar e que além de um ser
humano que não merece ser ajudado, grupos secretos planejam um expurgo puro e
simples de 2/3 da humanidade como se todos fossem inconvenientes e descartáveis.
Já estão inclusive mostrando indícios aparentes desses planos em andamento
principalmente nos EUA.
A questão, como sempre, é multifacetada e complexa. Não
parece haver uma solução de o que fazer.
Afora essa tradicional e dual existência de varios grupos
afirmando coisas contraditórias entre os humanos, quais são os indícios de que
há algo no ar?
Notícias do Fim do Mundo
Primeiramente, nunca se falou tanto do final dos tempos. É
como se algo estivesse sendo gestado no inconsciente coletivo e transpondo a
fronteira com o consciente começasse a produzir um leve mas concreto mal estar
que aos poucos começa a se alastrar entre as pessoas aumentando a intensidade.
No início de uma forma irracional mas aos poucos sendo racionalizada e dando as
mãos para as más notícias que a mídia traz normalmente graças à sua vocação
espalhafatosa. É um círculo vicioso. Há teorias que afirmam que isso vem do
inconsciente coletivo quando pressente a chegada de problemas.
Os Complôs
Esse aumento de notícias do fim do mundo começa a fazer
compasso com as notícias de complôs de governos com exércitos ou organizações ligadas ao complexo
industrial e militar que desde o início dos estados nacionais se uniram para
tirar proveito das guerras. São grupos para os quais os seres humanos são
apenas recursos, matérias primas quantificáveis, enfim números nos relatórios. Eles
acham que as guerras sempre ajudaram a manter o número de habitantes do planeta
em níveis toleráveis, como fazem as pestes e acidentes naturais.
Superpopulação
Os cientistas prós e contras brigam e se desmentem sobre
vários temas como: quantos habitantes a Terra suporta? Já passamos do limite?
Deve-se limitar a população através de leis, penas ou incentivos? Mas a verdade
é que hoje 14/12/2013 às 22,30 somos mais de 7,12 bilhões e ninguém sabe ao
certo se o limite é mais ou menos que isso para se poder viver saudavelmente no
planeta. Lembro-me de um experimento de análise de superpopulação real de ratos
em ambiente fechado onde após certo limite de população começavam a
agressividade, canibalismo e desvios sexuais.
Meio ambiente
Nesse aspecto fica clara a irresponsabilidade de pessoas e
governos: fala-se que já passamos do “ponto sem volta” em termos da degradação
do planeta (eliminação das florestas e recursos naturais, volume de danos
gerados na terra, ar e água, como lixo doméstico e industrial do tipo CO2, lixo
químico, hospitalar, atômico, acidentes nucleares, vazamentos de petróleo e
gases). Isso sem contar o uso “normal” de produtos químicos na agricultura, as
notícias de trilhas químicas estranhas espalhadas nos céus, experimentos
bélicos sonoros testados nos oceanos exterminando espécies e deformando o
complicado e delicado equilíbrio de vida. Além disso o desmatamento criminoso,
mineração , transformação de florestas em pastagens de animais menos produtivas
que a agricultura, eliminação de espécies animais e vegetais na terra, mar e ar
para satisfazer à sanha dos negócios.
Extermínio
Hoje porém com o aumento da expectativa de vida da população
devido a progressos na medicina de massa, mais o aumento natural de população
de países pobres e com religiões que incentivam a procriação, já proliferam
teorias de grupos de extermínio de massa
que planejam reduzir a população mundial. Eles tem até nome e identificação nos
meios de comunicação e são chamados “iluminattis” numa alusão a serem os
eleitos. A bucha de canhão seríamos nós.
Capitalismo irresponsável
O pano de fundo econômico que alimenta o apego e voracidade
do ser humano é o capitalismo, que após o fiasco do regime comunista na União
Soviética ficou como a única possibilidade de satisfazer o “Estado do Bem
Estar” para países e indivíduos. Como não tem mais opositores propaga os seus
valores e regras apesar de ficar óbvio que
elas são o oposto de qualquer tentativa de o ser humano resgatar seus
valores reais, viver uma vida mais de acordo com seus ritmos internos, e buscar
uma evolução interior real fora do consumismo e competição desenfreados.
A Saúde / Alimentação
As curvas de crescimento de doenças na população mundial,
guardadas as diferenças regionais, nacionais e raciais estão explodindo
exponencialmente apesar do crescimento
de descobertas de técnicas novas da medicina que infelizmente não conseguem
acompanhar o andar da carruagem. Há um aumento mundial de de câncer, Alzheimer,
doenças nos ossos, coração, neurológicas, depressão, psicoses e por aí afora.
Como a saúde está intrinsecamente ligada à alimentação, os
ritmos opressivos somam-se à qualidade do alimento prejudicada pelos venenos
ministrados pela indústria de alimentos, permitidos pelas autoridades
governamentais e normas criminosamente permissivas, e ignorados pela população
inculta, ingênua, despreocupada. Estão nessa lista o sal refinado, o açúcar
branco, os adubos químicos antinaturais, os remédios e “bombas químicas”
ministradas aos animais com o objetivo de engorda, aceleração de gravidez e
produtividade. A internet tem um material assustador sobre esses temas, mas as
pessoas não relacionam isso com a carne comprada nos supermercados. São dois
mundos diferentes e incomunicáveis.
Sabe-se que além da qualidade da alimentação que é
prejudicada pelos ritmos não naturais das atividades profissionais no sistema
econômico, há o stress emocional da competição acirrada, do trânsito infernal,
do medo do desemprego e das doenças, da insegurança física, da violência
crescente, etc.
Uma vez perguntei a uma amiga como ela se sentia sendo
diretora de uma multinacional de cigarros. Ela preferiu mudar de assunto. É
curioso que todo mundo conhece ou tem alguém amigo ou parente trabalhando em
empresas e entidades sabidamente prejudiciais à saúde das pessoas. Parece que essas
pessoas não tem nada a ver com isso, e à noite encostam a cabeça no travesseiro
e dormem o sono dos justos. Estão apenas cumprindo ordens. Os interesses são
mais fortes que os ideais ou o bom senso. Porque o ser humano é assim?
Acidentes Naturais
A cada dia aumentam as tensões relativas à insegurança
física no planeta devido a notícias sobre vulcões, tempestades, tsunamis,
camada de ozônio, aquecimento dos polos. Quando se esgotaram os temas sobre
meteoros e cometas que eliminaram espécies, a mídia tem orgasmos em explorar
como seria se um tsunami atingindo Nova Yorque vindo de um possível
deslizamento das Ilhas Canárias, um terremoto na Califórnia, uma explosão em
cadeia no anel de fogo dos vulcões da costa do pacífico. Coisa de louco.
Aumento de Criminalidade
O mundo experimenta uma onda desumana de ódio, crimes
ligados a sexo e drogas, violência gratuita de pessoas, entidades e governos e grupos religiosos extremistas matando em nome de Deus, petróleo
e outros interesses econômicos.
Após esse quadro que aumenta de intensidade com o passar do
tempo, caminhando para um impasse, voltamos à pergunta inicial: O que faz interiormente, ou exteriormente, um ser humano buscador da evolução ou mesmo uma pessoa comum quando percebe que o ser humano, em face do que está acontecendo à sua volta sofre de um imobilismo que parece suicida? Como encarar essa tensão que está no ar? Há algo que se pode ou
se deve fazer?
Na postagem Matias de Stefano - Metamorfose / Como Agir, ele
dá algumas dicas. Vamos repetir resumidamente porque nunca é demais.
Aconselhamos, porém, a ver a postagem nos detalhes porque eles dão um caminho prático e
saudável apesar de exigir mudanças interiores que podem não ser fáceis. Em
resumo:
- Vida simples, focada no Aqui e Agora, desconectada do velho mundo (passado) e experienciada na Liberdade, mantendo em seu coração as sábias palavras de São Francisco de Assis: “Preciso de pouco e do pouco que eu preciso, eu preciso pouco”.
- Prática de uma vida simples.
- Interiorização de que nada tem de mudar, porque tudo é Perfeito.
- Pratique a Aceitação. Se você esperar mudanças é porque seu coração ainda não aprendeu a Aceitação.
- Você não vai assistir a mudança alguma, mas no livre arbítrio, você irá experimentar em primeira mão, ou seja, em você e a partir de você, uma Metamorfose Evolutiva tão profunda quanto natural. Reforce essa percepção dentro de você, pois vai precisar dela para o que está por vir.
Se alguém me perguntasse: E você escriba, responda o que
está fazendo em uma só frase curta. Eu diria:
“- Estou experimentando além disso que disse o Matias, praticar
a Presença no Agora. Todo o tempo. Inclusive no sonho"
Não há mudança real
fora, se não vier de dentro.
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